sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO......SEMPRE ......

Nós abriremos o livro. Suas páginas estão em branco. Nós vamos pôr palavras nele. O livro chama-se Oportunidade e seu primeiro capítulo é o Dia de ano novo.

Vou narrar nossa história ,começando falar de minha filha......hoje ela tem cinco anos é tudo
de bom que temos ,aliás é a peça mais importante de nossas vidas.
Ela já entendendo ou não procuro colocar em sua mente tentando construir sua personalidade
com sentimentos ricos como : humildade,resignação,solidariedade,esperança,perseverança
porque acredito que com , esta união construímos o amor ao próximo e o amor vence qualquer barreira.Quanto á prosperidade eu lido á parte,eu ensino que trabalhamos muito para isso mas nem sempre acontece mas,podemos viver com pouco o que precisamos em toneladas é de paz e saúde..
Eu criei estes princípios como filosofia de vida e repasso,porque acho que através disso é que fui contemplada com o presente de Deus,ele me fez merecer este presente quando eu já havia quase que perdido a esperança......Eu nasci para ser mãe,e não conseguia por mais
que procurasse ajuda da medicina mas nunca esquecendo e pedir ao Senhor.......eu nunca pensei em desistir deste dom......e assim minha vida não tinha outro objetivo,meu marido me
confortava mas no fundo eu sabia que ele tinha a mesma esperança.
Fui a luta,busquei ajuda em orfanatos,maternidades,já estava convicta e que eu seria mãe de alguém que precisasse de uma.
Fui ser voluntária em orfanatos,passava o dia com aqueles anjos,mas eu queria um para levar para casa e ter responsabilidade sobre ela.O tempo passou  foram uns dois anos iincansá- veis neste meu voluntariado..
No mundo ali dentro ,as freiras,as cuidadoras me admiravam pela maneira que eu cuidava dos bebes....fui ganhando confiança e as pessoas sabiam de meu  dilema.
Na época do natal eu as ajudava nos projetos para comemorar o nascimento de Cristo,era co-
se eu estivesse comemorando o nascimento de meu bebê,uma loucura mas meu coração se
sentia assim,eu causava compaixão da parte de todos.
Numa noite de passagem de ano estávamos meu marido e eu , a madre me ligou dizendo para correr para a materrnidade,eu me apavorei me veio logo um pensamento de alguma complicação mães ou bebês e precisavam e mim para ajudar de alguma forma.
Chegando lá a madre veio me encontrar com um pacote macio  rosa, e deu-me dizendo que era um presente enviado por Deus......eu pasmei ,segurei sem coragem de olhar,eu senti um corpinho,eu não quis crer........era uma menina......eu chorei,eu berrei,....  eu nem tinha forças para segurá-la.......Os que me rodeavam foram cuidando de me acalmar,e me explicar,que esta história já vinha caminhando há tempos mas não queriam me criar expectativa.....até meu ma-
rido sabia......ele participou de toda a surpresa,tinha que ter um responsável para cuidar do caso,uma mãe não queria ou não podia e então me candidataram sem que eu soubesse,dian-
te de minha ansiedade de ser mãe a verdadeira mãe me escolheu............O meu feliz ano novo
era real.....a partir daí,sempre tivemos um feliz ano novo,mas comemoramos seu aniversário na noite do nascimento de Cristo,ela foi muito desejada,muito esperada e sei que foi enviada por Deus mediante minhas orações.Ela já está sabendo que é filha de nossos corações e
que foi enviada para que tenhamos sempre um feliz ano novo.....cheio de esperança de um
mundo melhor,para todos...........Feliz ano novo.......







Autora:Annaterra

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O aniversário de Jesus.........




































 O Natal em nossas vidas foi um marco,..........começou na primeira geração com a segunda e a terceira  quarta,.Quando começava o mês de Dezembro meu coração já se alegrava,começávamos logo a nos preparar para o grande aniversário,armávamos a arvore de natal e já preparávamos os baús já padronizados para o grande dia,eles serviriam para os presentes que seriam trocados entre os convidados da grande festa,as gerações se encontravam,os corações se explodiam de tanta  alegria,era neste dia que todos se encontravam para abraços e se presentearem e nunca deixando o motivo  daquela grande festa sair de
nossos corações......era aniversário de Jesus,e por isso a oportunidade daquele encontro,daquela alegria,o bolo do anversariante nunca foi esquecido.A união e a amizade era presente para Jesus.Foram anos de festividade,de Dezembros felizes com tantos presentes e festa............Depois Deus resolveu começar a levar alguns convidados......a festa já foi diminuindo no sentido de folia,de risos,mas dentro de cada um havia a comemoração do aniversário do filho de Deus.....o anos foram se passando....e aí Deus foi buscando,dentre idosos,adultos jovens,jovens,adolescentes,crianças,éramos em ,muito smesmo,reconheço que Deus deu essa oportunidade para as nossas gerações se conhecerem e partilharem tantos anos desta festa e do dia a dia.......só que aí começou a faltar muitos convidados,amigos e entes queridos  nossos corações já não eram os mesmos....Já estávamos enfrentando um Dezembro quietos e silenciosos.......os baús já estavam pela metade de presentes....os amigos secretos estavam diminuindo......Deus os estava levando.......Nos tempos de hoje comemoramos apenas no coração,já não nos reunimos,não fazemos festa,comemoramos silenciosamente.....Dos que ficaram o pensamento é um só....a reunião nos trará mais saudades,tudo isso foi um marco......O nosso grande consolo e acreditamos nisso de verdade,é que Deus os levou para participar desta festa perto do aniversariante.....escolheu os melhores,talves os mais merecedores deste convite.....lá no céu a festa muito melhor,e eles comemoram  em muitos pois da nossa família tem mais lá do que aqui,então está mais animado com certeza.......Um dia nos todos nos reuniremos lá....pertinho dele.........por enquanto vivemos um natal agradecendo o nascimento de Jesus,e por termos tido esta oportunidade ,mas ao mesmo tempo com muita saudade daqueles tempos em que todos vinham para a festa.......e assim caminha a humanidade....Viva Jesus em nossos corações.....ele está cuidando de nossos entes queridos,temos certeza disso......e é certo também que eles o abraçam de verdade neste seu aniversário......



 Autora:Annaterra                                 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Eu corri atrás do ouro...............

Desde menina eu enfiava os olhos nos livros,tinha uma meta,chegar ao topo,e construir império.........
fui crescendo e o pensamento era um só,sempre almejando mais e mais,sem falcatruas,sem puxar tapete de ninguém ,eu era curiosa,atenda no aprendizado e determinada,a escada que eu subia nunca foi de degrau em degrau,eu tinha pressa,subia de dois ou trés de uma vez,minha visão de felicidade era ter uma casa linda,um marido e muito dinheiro.Me casei com um aviador,homem lindo e bom,vivemos dois anos,não tivemos fi-
lhos porque eu achava que iria me barrar.eu corria atrás do  ouro .....um dia ele se foi,viajou e não voltou com vida.Nesta época eu era gerente de banco,larguei tudo e dei uma respirada.
Depois do baque,levantei e fui á luta,aí  resolvi entrar de sócia em uma grande empresa juntamente com um ex bancário também.Os dois promissores e livres,ele era divorciado e bem bonitão,acabamos nos casando.
A firma ia de vento em popa depois de trés anos de casada e feliz ele também se foi,fiquei desolada de no-
vo.Eu era valente,.depois de uns anos me casei com meu contador,eu não sabia viver só,nem era amor era carência......isso me levou á banca rota.....Certo dia acordei pobre.....ele  foi  mais  esperto que eu ,só que
com uma enorme diferença....a minha esperteza foi usada para o bem,nunca lesei ninguém,se eu tinha o que tinha foi sem descanso,foi a corrida mesmo,mas ele arranjou outra e forjou minha assinatura e me roubou
tudo e fugiu.Eu me sentia cansada,ultrajada,não quiz saber de reaver nada,foi a única coisa que me levou ao
chão....que me brecou.....Eu não fiquei pobre propriamente dita,tinha meu caixa dois pois adorava dinheiro,
Eu tinha o da sobrevivência.
Fui correr o mundo,coisa que nunca tinha feito,tirei férias,viajei um mês mais ou menos,tentando por meus pensamentos em ordem e me conhecendo.O que estou escrevendo é uma auto-crítica com o intuito de me mostrar arrependida e reconhecer perante Deus o quanto fui mesquinha,gananciosa e colocando o ouro acima de qualquer coisa,acho que nenhum dos meus maridos eram felizes,hoje vejo......eu era práica,  só
pensava nos negócios,nem filhos quis ter,hoje sei que Deus provocou uma situação para me podar........
A felicidade é tão outra,é esta que vivo hoje,tenho o suficiente para viver,não mais trabalho por dinheiro,e sim por gratidão,ocupo meus dias sendo voluntária em asilos e orfanatos,nunca estou só,vejo histórias lindas,emocionantes e as vezes triste,nenhuma inclui dinheiro.....como fui tola,estou feliz,tenho pais,mães,e filhos que me rodeiam,alegrias e tristezas se misturam......isto é viver,pude parar e ver o que Deus coloca
para que desfrutemos,a beleza das plantas,a nascente das águas,tudo é tão lindo.....eu não tinha tempo para ver a presença de Deus,a partir daí conheci sentimentos de companheirismo,solidariedade,vejo que minha
corrida foi em vão,a felicidade estava tão perto,me desgastei, e só hoje vivo no verdadeiro sentido da vida.
Mas Deus me deu uma nova chance,ainda é tempo de desfrutar da felicidade,de  amar pessoas e se sentir amada sem interesse algum,é fazer o bem e se sentir gratificada.O dinheiro apenas faz parte de nossa vida não influi em nossa felicidade.Agora que aprendi a olhar no espelho me acho horrível  por nunca ter sido humana,mas sinto que a cada dia me acharei mais bonita,eu nasci de novo.....sou grata por isso,e pessoas simples e sofridas me ensinam isso todos os dias......O ouro é a natureza......a beleza da terra e a beleza a alma....a beleza das pessoas.......





Autora:annaterra

domingo, 4 de dezembro de 2011

Uma chuva de verão....................

 Eu acabara de passar por uma experiência terrível,eu peguei minha namorada aos beijos com meu melhor amigo.Foi por acaso eu voltava do trabalho por um trajeto diferente do que costumava fazer.,eu os vi dentro do carro dele,justo por ser um carro conhecido é que olhei em meio de tanta confusão no trânsito,eles me viram com certeza. Aquela  cena me doeu tanto, mas Deus me protegeu e não  me deixou  tomar  atitude naquele  momento,sei que na hora do afã eu poderia estragar muitas vidas principalmente a minha ,eu não estava vendo nada comum......era minha amada com meu melhor amigo......não foi fácil ter que engolir.....
Com a cabeça embaralhada fui para casa,resolvi contar até mil e esfriar a cabeça e pensar em algo,o can-
saço tomou conta de mim,e por isso dormi,o cansaço mental era maior do que a do dia de trabalho tão
complicado que tinha sido naquele dia.
Amanheceu,ninguém ligou,mesmo porque desliguei todos os telefones da casa e nem quis saber se alguem me procurou,me fiz de forte mas tomei uma decisão durante a ida ao trabalho.Tinha férias vencidas e não
tinha tirado porque tínhamos planos de irmos viajar quando chegasse as férias dela.Que bela porcaria se tornou este namoro  já com planos de futuro,era uma questão de meses para o casamento.
Sem dar  notícias a ninguém fui para o litoral e me instalei num hotel,eu tinha que refletir embora não quises- se me lembrar do que vi,Fiquei varios dias indo e vindo na praia,assim a mágoa  foi passando a custo de orações e lágrimas,sim, eu pedia á Deus que tirasse ela de meu pensamento......me sentia um ridículo, um
fraco,mas eu precisava muito de Deus para me reestruturar.Era verão e como todo verão no fim do dia sempre cai uma chuvinha fina e boa,refrescante principalmente se estivermos á beira mar.Todos corriam para se proteger em alguma barraquinha ou debaixo dos coqueiros,ou ainda iam de volta ao hotel onde se instalavam.Eu não me apressava adorava tomar aquela chuva,me sentia lavado corpo e alma.
Numa destas tardes eu seguia na frente de uma jovem que correu e me ofereceu uma carona e sorriu porque era no seu guarda-chuva,eu aceitei  e cheguei ao hotel e fui entrar saindo da tal carona ela me segurou e disse que também esta ali e poderia me levar até a porta.Como agradecimento eu a convidei pra tomarmos algo á noite ali na sacada do prédio mesmo,ela aceitou e foi uma noite cheia de surpresas,tínhamos muitos pontos em comum, a mesma profissão pois era engenheira também, morava na mesma região de  minha cidade,portanto tivemos assunto para a noite toda.
Nos dias seguintes começamos a ir para a praia juntos e já ficamos mais próximos a ponto de se confessar um ao outro,A estada dela ali era um tempo para pensar se realmente iria se casar com um noivo de  anos de relacionamento,ela queria descobrir seu verdadeiro sentimento pois temia que já estava se tornando fraterno e se chegasse a esta conclusão não se casaria mesmo porque sentia que ele também estava perdido em seus sentimentos.Ela me contou a parte dela e eu contei e minha, me surpreendi comigo   pois consegui contar sem frustração sem dor e sem mágoa.,eu realmente tinha me curado.Acho que ela me curou.
Nos dias seguintes nos divertíamos muito,e estes foram decisivos tanto para mim como para ela.Com tanta
identificação nos apaixonamos.Conclusão.....estamos casados e a lua de mel foi lá onde tudo aconteceu,es-peramos o próximo verão para sentirmos a chuva que nos uniu.O que foi feito dos meus inimigos eu não sei,pedi transferência para a cidade dela e moramos aqui.
Hoje vejo que nada é por acaso,Deus criou atalhos para que eu visse a verdade,a traição dupla e me manteve calmo porque tinha alguem precisando de mim e que iria me completar.,um amor de verdade  .... algo que foi de encontro ao caso foi a chuva..... que também não foi por acaso. ......

Autora:Annaterra

sábado, 26 de novembro de 2011

Para ele eu era uma estrela e ele o grão de areia...................

Minha história é antiga,mas devo contá-la se eu fosse detalhar ela viraria um livro,portanto vou resumir.
Eu era filha única de um casal de fazendeiros,tanto minha mãe quanto meu pai eram herdeiros de família tradicionais.Me tratavam como um bebelô,consequentemente eu era propriedade deles também,me colo-
cavam onde queriam e já previam meu futuro pois estava tudo arranjado.Eu já tinha isso em mente e era resignada.
Eu era uma mocinha muito dada,amava a todos sem diferença,desde a pessoa que ocupava o menor cargo 
na fazenda ao mais alto.Todos eram pessoas queridas, trabalhadoras e mereciam respeito. Eles se esquiva-
vam pois tinham medo  de meus pais despedí-los só porque olharam para mim.Eu  me sentia tão mal com aquela situação,eu fazia de tudo para ganhar a amizade deles,eu sempre me senti tão só. Eu tinha uma von-
tade  de me  juntar á eles nas noites de luar quando formavam roda na colónia ,eram tão risonhos e felizes Sinceramente eu os invejava...A única amiguinha que consegui era a filha da cozinheira,ela sabia tudo de mim e me trazia notícias dos colonos,eu adorava ouví-las,eram fatos interessantes.Eu nem a escola ia,a professo- ra ia até minha casa todos os dias.Eu achava que tinha nascido em casa errada,não achava certo ser tratada tão diferente só porque tinha muito dinheiro. Por mim repartiria com todos ali para  ficarmos no mesmo patamar e poder conviver com aquela felicidade deles.
Um dia  fui lá  no terrerão onde seleccionavam  os cereais, socavam arroz no pilão,faziam um monte de coisa, lidavam com o amendoim,café ,feijão eu não entendia nada mas achava tão bonito aquele monte de
gente feliz,conversando e cada qual com sua tarefa,essa imagem trago comigo até hoje muito viva..Numa
dessas idas ao terrerão algo me chamou a atenção,um rapazinho que tinha mais ou menos a minha idade sempre de  cabeça baixa em seus afazeres,mas que de vez enquando  eu me virava eu o surpreendia  me olhando por baixo do chapéu,uma só vez eu consegui ver seus olhos,fui mais rápida que ele,eram azuis
 anil,foi um relâmpago mas aquele olhar me fisgou.era lindo e triste.Ele não ousava me olhar diretamente
eu só vi porque olhei de repente.
Comecei a fazer perguntas á respeito dele para a minha única amiga e de confiança,ela dizia que era um
solitário,órfão de pai e mãe e foi criado por todos um pouquinho,a família dele era todos que o viram cres-
cer,todos o amavam.Eu penalizei cm aquela historia mas eu como "senhorita dos engenhos! nem poderia me
comover  e nem me aproximar daquela gente,todas  visitas as que eu fazia era escondido.
Um dia chegou em casa um casa de Barões e naquele tempo menores  mesmo sendo filho não poderia ouvir conversa de adultos. Eu era danada , me escondi e consegui ouvir um combinado  de casamento entre mim e o filho deles que eu nunca tinha visto.....e nem queria ver......naquela noite  foi  um tormento,eu rolava de um lado para o outro na cama, a lua estava clara e eu podia ouvir as risadas e as brincadeiras dos colonos felizes.Sabem ao que me atrevi? pulei a janela e fui lá perto deles,não tão perto,para não contrangír, eram  tímidos  diante de minha presença.Me encostei numa árvore e fiquei assistindo de longe,estavam até cantan- do, tocando viola,e sanfona,levei um susto quando olhei do lado e vi o tal olhos  azuis,sozinho afastado e de cabeça baixa,eu puxei prosa,ele só respondeu o que perguntei sem levantar os olhos.Naquele momento eu queria tanto um amigo,um assunto,até um abraço,estava muito triste com o que tinha ouvido lá em casa.Ele não me deu abertura para continuar então dei boa noite e me fui.
No dia seguinte meus pais vieram me falar do que eu já sabia,namorar e casar com o tal barãozinho para unir a riqueza,era o que eu pensava deles,tinha dó  do noivo também,ele estava no mesmo dilema ,coitado....
eu nem precisava conhecê-lo  para saber disso.E quem ousava desafiar os pais naquele tempo........enfim
eu o conheci, nada senti  e vi  nele a indiferença também.Os pais marcaram a data,e nos comunicaram éra-
mos completamente estranhos e continuávamos assim,dois infelizes.
Quando a notícia correu pela colónia minha amiguinha veio me contar,e  falou sem ligar um  assunto ao outro_olha sabe aquele moço filho de todos que te contei?ele anda tão triste e as vezes chora mas ninguém sabe o que tem......eu torci para ser eu motivo,eu já estava há muito tempo interessada nele,mas me calei,
ela não teve esta malícia mas eu tive,talves por ela achar impossível uma paixão com pessoas tão diferentes.
Os meses se passaram e a data marcada chegando,minha mãe preparando enxoval e eu nem me preocu-
pava com isso,gostava mesmo era de  pular a janela e assistir os violeiros e sanfoneiros e tentar ver  meus olhos azuis.
Uma certa manhã veio uma triste notícia,embora eu não amasse o tal prometido e o estimava muito,como
pessoa e era dele a notícia,estava com tuberculose estava num isolamento,era difícil essa tal doença na maior
parte das pessoas,orei por ele,eu não desejava nada de ruim,só não estava feliz e nem ele por termos que nos casar.
Dali uns dias ele se foi.tão jovem,um vida pela frente,eu senti muito,muito mesmo,fiquei com pena da fami-
lia e me enlutei também.
Passaram se uns meses lá vem outro casal cheio de fazendas conversar com meus pais á noite,eu já sabia
até o assunto nem fui ouvir.No dia seguinte meus pais me chamam para dar as boas novas,eu perdi a paciên-
cia ou educação não sei,só sei que pedi para que não me arranjassem casamento,e que eu não tinha inten-
ção de me casar......eles interpretaram como um luto, para mim era rebeldia mesmo,eu queria escolher um marido mesmo que fosse um mendigo mas e eu amasse e fosse amada.
O tempo passou,meu pai adoeceu e se foi ,ficamos só minha mãe e eu,sem falar na tristeza que ficou moran-
do lá em casa.Continuamos a vida normal,nada mudamos na questão dos empregados e modo e vida.
Um dia voltou minha rebeldia,andando pela fazenda topei  o  tal olhos azuis,sabe o que eu fiz?pedi ele em casamento,que louca......ele não sabia onde enfiar a cara,abaixou a cabeça e se foi pelo trilho do mato,eu corri atrás dele e falei que não estava brincando,falei do meu amor escondido todos aqueles anos,e que foi a primeira vista.Pela primeira vez ele me encarou....parece que ele ia explodir,falou sem ponto sem virgula o quanto era triste por me ver e nunca poder ter esperança para comigo,que ele era um grão de areia e sabia seu lugar por isso chorava sempre nas noites de lua cheia enquanto todos cantavam.............conclusão ele achava que jamais alcançaria a estrela ,a filha do patrão............Quanta  bobagem eu disse,quanto  tempo perdemos,você é um  homem  trabalhador,digno,  mesmo que minha mãe me deserte nós venceremos,eu luto com você...... 
E assim foi,falei com minha mãe contei tudo desde  o primeiro dia que o vi,...fiquei surpresa, ela falou que sempre o admirou por não ter tido família e ter dado um bom homem.Não sei se o sofrimento sem meu pai a fez ver um mundo diferente ou ela obedecia ordens feito eu,só sei que ela nos abençoou e estamos juntos há mais de cinquenta anos e contamos nossa histórias para filhos netos e bisnetos.A história do grão de areia e a estrela......







Autora :Annaterra

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Ele não sabia ainda o que era viver........

Vou contar como conheci um dos meus filhos.....Todas as noites era de costume,meu marido eu e minhas três crianças,irmos dar voltas de carro pelo centro da cidade. Numa destas noites,de muito frio por sinal
passávamos de frente a uma igreja bem central e tinha uma escadaria,algo cruel me chamou a atenção,me
chocou muito aquela imagem,chamei a atenção de meu marido......na escadaria estava sentada uma crian-
ça  que aparentemente não tinha mais que oito anos,sem uma blusa de frio,com um saco de papel  destes
que se embrulha pão,ele fechava a boca do saco de encontro com seu nariz,eu não entendi aquilo,eu não
compreendia aquela atitude,aí meu marido me explicou que era cola que cheirava.....se eu já estava cho-
cada piorou muito.Meu primeiro pensamento veio em levá-lo para casa,mas eu tinha um coração de mãe e
não usava a razão,esta era a opinião de meu marido.
Na noite seguinte fomos lá de novo,era bem tarde e lá estava ele na mesma situação.Naquela noite eu pen- sei muito naquele menino,quantas perguntas vieram em minha mente......dezenas.....meu sono foi atormenta-
do.
No dia seguinte algo me chamava para aquela imagem,eu fixei ela em minha mente,parecia que eu era a en-viada para salvá-lo.
Mais uma noite passamos por lá e aí até as crianças já estavam se comovendo e querendo dar um jeito de saber onde morava,com quem vivia.Eu sentia cada vez mais que éramos enviados para ajudá-lo.Eu sabia
a opinião formada que meu marido tinha a respeito a este assunto,temia a "má índole".......ia ser difícil acei-
tar qualquer atitude minha para me aproximar e nos envolver com aquela criança tão miúda  mas já no desca
minho.
Embora  fosse um homem caridoso ,tinha lá seus limites, ajudar sem se envolver, e ainda mais que nossos
meninos tinham quase a mesma idade.Mas eu continuava encasquetada com aquela criaturinha.
Pensei,pensei,dali alguns  dias fui só,joguei com o destino,se fosse meu problema eu iria encontrá-lo, e en-
contrei,no mesmo lugar com a mesma roupinha,eu me aproximei e perguntei porque fazia aquilo.,disse que
tirava a fome.....eu quis chorar mas aguentei firme,comprei-lhe um sanduiche e um suco e perguntei que se eu voltasse no outro dia durante a tarde ele me esperaria ,ele disse que sim,perguntei onde iria dormir e ele disse que seria debaixo das escadas,eu tinha levado uma coberta para ele.mas assim mesmo eu perguntei se a família não estaria a sua procura,ele era duro com as respostas e disse que talves eles nem soubessem de sua existência.........aquilo me partiu o coração ao meio,lógico que as palavras dele não eram exatamente estas mas resumindo era isso.
No dia seguinte á tarde fui lá,tudo isso escondido de meu marido,pedi para ele me levar onde morava,ele
me levou.....que lugar horrível e triste,não sei como ia parar na igreja que era muito afastada de seu mundo.
Levou-me a um barraco onde estava uma senhora de aparência boa e educada.Me contou a história dele
era seu sobrinho, órfão de pai,morto na cadeia e a mãe sumiu no mundo sem deixar rastros então ela foi
obrigada pelo juiz a pegar a guarda dele,mas não tinha como mantê-lo,não tinha saúde e nem dinheiro, e
até gostaria que alguém o adotasse para que ele tivesse um futuro melhor que os pais,disse que confiava em
seus ideais,disse que ele tinha sonhos e falava com ela  de se tornar isso ou aquilo mas sempre com boas intenções,mas ela não acreditava na vida......
Para encurtar porque foi longo o nosso caminho,convenci meu marido a trazê-lo mas com a promessa de que o colocaríamos num colégio interno porque ele dizia que era uma faca de dois gumes....foi num colégio
muito bom,particular onde ele tinha até acompanhamento psicológico era o que mais precisava,era um  me-
nino já destruído pela vida com tão pouca idade.Durante as férias vinha para casa e nos tornamos uma família maior,melhor  e com muito amor para dar a ele.
Anos se passaram as feridas foram curadas,deixamos seu dom responder o que queria da vida profissional
sempre se mostrou muito inteligente e estudioso,valeu muito a pena ficar com ele,nos sentíamos de alma lavada,e uma família abençoada.......
Temos hoje um advogado,um engenheiro,um professor e um médico.....este médico "ele."......o menino da
escadaria da igreja.....tenho certeza que foi plano de Deus toda esta tragetória.....com certeza ele cuidava
dele sozinho e nos colocou para ajudá-lo e ele nos ensinou tanta coisa....Só temos a agradecer,foi gratifican-
te em todos os sentidos.
Ele visita a tia,não esqueceu de suas raízes e soube agradecer a ela por ter realizado seus sonhos ,por ter
acreditado e tomado a atitude de deixar o destino agir......do jeito que ele vivia não tinha vida,era um vazio
e não se sentia vivo,isso são palavras dele hoje comum homem realizado e amando viver......... 










Autora:Annaterra


domingo, 13 de novembro de 2011

A última rosa..............

A rosa  para mim representa  pureza do amor,um amor longincuo,vivido muito loucamente a rosa vermelha foi o início de tudo.
Conheci minha esposa no primeiro ano do colégio quando fazia o primeiro colegial,tínhamos quatorze anos foi para ambos primeira experiência em sentimentos não fraternais.Quando me dei conta de meu amor por ela    já a presenteei com uma rosa vermelha roubada,e não omiti o fato falei logo que era de um jardim qualquer mas mesmo assim a pedi em namoro,ela sorriu muito e aceitou com a promessa de que eu lhe daria uma rosa todos os dias de nossas  vidas mesmo que fosse roubada...............e assim se iniciou  um  namoro tranquilo,respeitoso sem ciume sem aborrecimentos.
Fomos para faculdade juntos e assim que nos formamos já começamos a trabalhar,e pudemos nos casar mas sem pensar em filhos o financeiro ainda era precário tínhamos que planejar tudo.
Nossos pensamentos,sonhos e ideais eram iguais.ah....me esqueci de dizer que neste tempo todo um nunca deixei um dia sequer ela sem uma rosa,mesmo que fosse tirada de algum jardim, para ela cada  dia  deste compromisso era um sinal de que o amor floria todos os dias,ela se dizia muito feliz por isso.
A vida caminhava sem problemas,uma tardezinha ela me ligou que chegaria mais tarde pois estava na estrada na volta de um compromisso de trabalho,falamos no celular e fiquei sossegado.Bem mais tarde veio a notícia de que ela havia chegado sim,......mas...... sem vida.Um louco,um bêbado a tirou da estrada e ela caiu numa ribanceira......eu fui junto.....ninguém pode ter noção do meu desespero,me senti mesmo na ribanceira,perdi-do,ferido,atordoado.....desacreditando no que havia acontecido......eu não parei de dar a rosa diária para ela todos os dias ia levar onde ela estava,ali colocava e me lamentava com ela,eu me sentia realmente falan-do em sua presença,até que uma noite rezei muito pedi a Deus forças,pedi perdão pela minha descrença e revolta e pedi que deixasse que ela falasse comigo e me direcionasse.......
Se foi meu subconsciente ou não, eu tive um sonho com ela,neste sonho ela dizia que as rosas já não tinham importância,que o amor não poderia florir mais,que a guardasse em meu coração e tocasse minha vida como qualquer "ser".Naquela manhã amanheci diferente,mais consciente,aceitando que a fiz feliz e não tinha nada a lamentar,eu tinha agora que seguir em frente.
Até hoje penso que foi meus pedidos a Deus que me levou a sonhar e a acordar pensando em viver...........
Comprei uma rosa e levei para ela,ali chorei tudo que me restava chorar e fiz mais uma promessa,que vou
cumprir com certeza,disse-lhe que rosa era o nosso símbolo,e só ela poderia ter recebido todas elas,se um
dia aparecer alguém á altura dela,e eu me apaixonar de novo esta não poderá nunca receber rosas............ minhas.Este combinado era só nosso e vou respeitar até o fim dos meus dias...........e assim lhe entreguei a última rosa......





Autora:Annaterra


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Um vaso que se quebra....podemos colar.....nunca fica perfeito......

 















Nossa história,sim porque é de meus filhos também,eles sofreram consequências talves maiores,na época
eu não via maturidade deles para compreender o que aconteceu com nossa família.
Vivíamos muito bem,meu marido eu e as três crianças,era mesmo um mar de rosas,não nos faltava nada
nem mesmo o carinho e  dedicação e nos acostumamos assim,eu com marido perfeito e os meninos com
o pai afetuoso....e assim caminhava. As crianças cresceram naquele ritmo e se tornaram pré  adolescente.
Foi como se dormíssemos e acordasse com tudo virado em nossas vidas....é que não percebemos que o
nosso herói vinha mudando aos poucos mas não demos conta disso.
Uma noite ele fez as malas e disse_vou embora....simplesmente avisou que estava já algum tempo com a
vida dupla e que se cansou e iria partir para se morar com outro alguém......este alguém era uma das mi-
nhas amigas,a decepção foi maior....eu caí do pedestal,eu disse apenas que não deixasse as crianças per-
ceberem por enquanto.......ele se foi....eu disse no primeiro momento que o papai viajou......até quando..?
até quando eu suportaria esta mentira?....
Os dias se passaram eu murchei,eu chorei pelos cantos,pensando que eles não percebiam,o pai vinha nos
fins de semana mas não ficava e eu andei pegando um e outro chorando escondido.Nossa casa ficou triste
nos calamos,os risos ficaram escassos,eu não tinha vontade para nada.......eu me entreguei á tristeza,meses
se passaram.
Comecei a acompanhar as crianças em festas,boates,eu tinha que ir pois era uma idade perigosa,nem crian-
ças nem adultos,estavam numa fase delicada, fora a ausência da figura que idolatravam. Eu tinha medo  de  deixá-los  sozinhos e se desencaminharem por conta da decepção.....isto poderia acontecer se eu não fizesse meu papel de mãe e pai. Com toda minha tristeza eu seguia os passos dos três,eu sentia também  que
eles se penalizavam de mim.
Um dia resolvi dar  volta por cima, comecei a me arrumar e participar  ativamente das festas com eles, eu
senti que eles se alegraram com minha volta á vida.
Eu comecei a atravessar um período diferente,festivo,ativo ia na academia com eles e se orgulhavam disso.
Renasci das cinzas,um amigo do pai deles começou a me paquerar,era divorciado e o filho dele era ami-
go dos meus.Eu levava na brincadeira,não cabia na minha cabeça ter outro homem,e principalmente junto
com meus filhos,estava me sentindo uma adolescente,era muito bom ser paquerada,ele vinha conversava e
até me visitava, respeitoso, gentil,nos levava aos passeios e me falava de  vida a dois,eu nunca respondia
o que ele queria saber,eu tinha medo da opinião de meus filhos,mas já estava muito apegada a ele.
Meus filhos se davam muito bem com ele mas como pai também ele nunca os abandonou apenas saiu de
casa,  mais ferida era eu mas a esta altura a ferida já estava cicatrizada, seis anos de separação era o bas-
tante para se acostumar eu só não tinha mais mágoa ou rancor...se tinha amor eu não sabia.......  ele come-
çou a me assediar,descobriu que a vida que escolheu estava sem graça.....tarde não?mas eu preocupada
com o bem estar das crianças resolvi cair em sua lábia,eu não sabia se o amava,estava dividida entre um e
outro.Será que ele merecia meu respeito?o outro homem tinha feito tanto por mim....principalmente me de-
volvendo ao mundo dos vivos.
Os dias foram se passando e eu comecei a namorar meu ex-marido,tava legal,mas meio que sem graça,mas
ao mesmo tempo eu pensava em unir a família novamente,não pensava em mim.
Um dia meu filho mais velho me perguntou se eu estava namorando o papai,eu sem olhar para ele respondi
que não......eu me envergonhei de mentir para meu filho,eu trabalhava com a verdade assim os ensinei.........
Meu marido queria que eu falasse e que já formássemos a família novamente, eu não tinha certeza de nada.
Um dia estávamos no quarto se beijando,os três apareceram......eu não sabia onde enfiar a cara....meu ma-
do adorou,achou que estava tudo resolvido.
Depois  que o pai querido saiu os três me cercaram,falaram tanto do tanto de meu sofrimento de  quando
ele partiu e nos partiu ao meio,falavam de nosso sofrimento do meu desespero,enfim ouvi tudo e revivi o
passado. Eles agiram ao contrário do que eu esperava,ainda bem porque eu estava tão confusa,querendo
não aceitar com medo de sofrer de novo como eles disseram,mas eu queria agradá-los,eu não sabia que viriam minha defesa,assim como eu me preocupava com eles ,eles faziam o mesmo comigo.Fiquei mais tranquila,e neste mesmo debate eles disseram que deveria dar oportunidade a pessoa que me amava de verdade que era o outro que fazia tudo por mim sem interesse,sem esperanças porque nunca dei esperan-ças a ele.Eu não esperava isso de meus filhos,tive a impressão de que queriam me presentear por tudo que fiz por eles.E eu que pesava que eram imaturos......estavam mais maduros que eu.....mesmo amando o pai
perderam a confiança ,percebiam minhas intenções....devolver o pai em casa só por eles.
Eu decidi e falei com meu marido que por unamidade de votos ele continuaria fora de casa e voltaria para
a vida que escolheu,poderíamos colar o vaso mas nunca chegaria  a perfeição.....
Hoje vivemos o homem que ganhou meu amor e o amor de meus filhos,ele se fez amar,montamos uma fa-
milia,o riso e a paz mora lá em casa,somos felizes novamente.....





Autora :annaterra

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Tributo a um grande amigo.......

Este é meu amigo Sergio,devo a ele reverências,não posso deixar de registrar o quanto era importante para
mim e a todos que o conheceu,ele partiu mas não se foi de nós........existirá sempre.....Era um, grande amigo
homem  de rosto severo, mas uma alma doce e  meiga,um poeta, sabia colocar palavras certas nas  horas exatas.
Amigo virtual mas muito pessoal no modo de se expressar,sabia acalentar e tinha em seus textos conteúdo,
eu o analisava como um poeta nato, se escondendo e ao mesmo tempo  expondo sua sensibilidade quando se tratava de pessoas, era um homem "família".Adorava a reminiscência, e conservava dentro de si  suas raízes porque amava a vida que construiu  ,os amigos que teve e a família que formou.......por onde andou, e o que marcou.
Me pediu que fizesse uma autobiografia dele,me mandou fotos de sua família , amigos e lugares antigos,queria deixar escrito  sua trajetória,sua história ,sua meninice,sua vida com seus pais,ah! seus pais.... primeiros amigos,sua namorada ,hoje esposa e mãe de suas filhas que lhe deram dois netos,ele se orgulhava tanto disso..........enfim ele  me mandaria  dados,lugares,nome de pessoas que passaram por sua vida e deixaram saudades,e as que estavam em sua companhia. Queria que todos soubessem de suas lembranças e a  consideração que tinha pelo passado maravilhoso !! que nunca esqueceu ,e do quanto amava a vida  atual que era o resultado deste passado .Era mesmo um sentimental............Então , Sergio....não  deu tempo....e eu ...nem  imaginava que eu escreveria sobre o que você desejava, não o que você queria, que eu escrevesse hoje......é muito estranho amigo.......mas eu te devo este tributo, e sei que estás muito bem e num lugar que todos nós vamos se juntar um dia ,não virtualmente nem pessoalmente mas   espiritualmente.
Só quero deixar aqui o quanto você foi útil, pessoa construtiva que merecia ser eterno....pois era digno,tinha
qualidades que estão em extinção neste mundo atual,a dignidade,que  está esquecida.......Mas sua imagem ficará sempre em nossas lembranças como alguém que soube viver e dar valor à vida que Deus lhe deu, até quando resolveu levá-lo para junto dele,nos deixando órfãos desta grande pessoa representada por SÉRGIO ALCIDES CAVALCANTI........

Anna terra termina esta singela homenagem,pedindo á  Deus que coloque suas mãos sobre a sua família que tanto o ama, correspondendo ao amor que seu ente querido lhes dava,Deus dará a compreensão de seus designos e a calmaria da alma....a saudade ficará morando em seu lugar,mas sua presença será sempre viva
na lembrança de todos nós......até um dia Sergio.....



Autora :Annaterra

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Ah......se eu soubesse......sofri tanto.......

A minha primeira experiência no sentimento do amor foi desastrosa dentro e fora de mim.Eu tinha dezessete anos e era um voltado aos estudos e trabalho,tinha lá minhas paquerinhas mas não envolvia sentimentos ,eu
tinha  ideais e  não me preocupava muito com o futuro a dois, ou eu estava  esperando a  hora certa de me apaixonar ou a hora certa estava me esperando sem me dar chance de me defender.....sim era isso.............
Era de poucos amigos,mesmo porque não tinha tempo,logo muito cedo pegava um ónibus para o trabalho e de lá mesmo ia para o cursinho,pois tentaria engenharia civil no próximo ano.Bom foi aí que nessa de tomar o mesmo ónibus no mesmo horário que aconteceu inesperado.Eu vivia tão atarefado que nunca tinha perce- bido  o rosto do cobrador .......rsrs que um dia notei era uma moça......bati  o olho,e pensei como não  tinha visto aquele rosto ainda.parecia uma rosa,se até então aquela rotina me aborrecia a partir dali passou a ser
prazeirosa.
Mantive a minha mesma postura mas quando chegava na roleta eu ficava todo sem jeito,o coração dispara-
va e acho que até vermelho ficava,eu tinha a impressão de que as pessoas liam na minha testa minha admira-
ração por ela, o que a esta altura já não era mais admiração era interesse mesmo.A admiração  foi quando
começei a prestar atenção em seu trabalho,sua dedicação e o quanto era desgastante lidar como público e
ela tirava de letra sempre com um sorriso educado.O sentimento foi mudando,foi crescendo,e nesse período
meu escritório mudou de endereço,eu fazia loucura,saía mais cedo para pegar a linha que ela fazia ia até o terminal e pegava o atual destino,loucura mesmo...só para vê-la.......isso durou muito tempo,até eu ver uma
aliança em sua mão esquerda.....aquilo para mim foi um balde de água fria.....que decepção......eu estava  a
me arriscar tentando um jeito de encontrá-la fora do trabalho para me declarar .
Era casada....mas fiquei tão triste,tão triste e parei de fazer o sacrifício.Daquele dia em diante começei a ir direto para meu destino e não a vi mais.Apenas dentro de mim.....o sentimento era o mesmo e agora se juntava com a saudade.
O tempo passou, eu cuidando de meus ideais e deixando aquilo tudo num cantinho.
Passaram-se dois anos,eu não a tinha visto até naquele dia,foi um susto,no anfiteatro da faculdade teve uma palestra e eu nunca perdia eu levava muito a sério meus estudos,gosta de juntar certificados.Ao sair eu dei de cara com ela .....meu Deus,achei que era miragem,estava tão linda....tão linda.....e melhor,ela me reconheceu
e veio para o meu lado,eu tremi nas bases......mais aguentei firme com naturalidade.
Ela me cumprimentou e disse se eu me lembrava dela......ai meu Deus.....e como.....sim eu disse sim ,a moça
do ónibus,ela confirmou e disse que não estava mais lá,fazia aquele bico para pagar os estudos e na época
foi  o que surgiu.Eu fiquei mais admirado ainda,mais uma qualidade,e ela tinha conseguido uma vaga no RH
da faculdade e ganhou a bolsa de estudos.Sinceramente fiquei feliz por ela,pois vi seu desempenho sua luta.
Eu lutava coma vida e com os sentimentos......conversamos muito, e aproveitei para perguntar como ia o marido.....ela ria muito e dizia .....que marido?????e ria.......Ai eu disse que  sempre pensei que fosse casa-
da pois vi a aliança em sua mão esquerda......aí ela riu mesmo gostoso......e foi dizendo que aquilo era um disfarce para evitar as cantadas inevitáveis mas impunha um pouco de respeito......
Que alívio,me senti livre minha alma se tornou leve tranquila.....isso queria dizer que eu poderia me encher
de esperança........
Continuamos a nos ver,e até que um dia eu falei que de fato a aliança impunha o respeito mesmo das  pes-
soas bem intencionadas e realmente apaixonadas feito eu...........Ela se surpreendeu,olhou indguinada e per-
guntou se eu gostava dela.....eu disse a verdade que sempre foi meu primeiro amor e até então platónico.
Ela disse que omesmo aconteceu com ela mas jamais ela poderia se declara para um rapaz e já tinha perdi-
do a esperança a muito tempo.
Hoje ao invés da aliança estar na mão esquerda dela está em nossas mãos,eu venci e estou muito feliz.......














Autora:Annaterra


















quinta-feira, 29 de setembro de 2011

SERÁ QUE FIZ A COISA CERTA?VALEU A PENA?


Hoje é aqui que vivo,esta é minha paisagem,aqui que fico perdida em pensamentos e me questionando.
Eu vejo o passado quando eu era uma jovenzinha muito bonita,prestes a se casar,estava noiva e apaixonada.
Uma  fatalidade nos pegou a todos,toda família foi envolvida. Minha irmã que era tão  bem casada e  tinha
três filhos,sofreu um enfarto e se foi.Nossa preocupação fora o desespero era meu cunhado,pois os bebes ainda nada entendiam,os gémeos de apenas dois anos e outro menor ainda de oito meses.
Como ajudá-lo?......ninguém tinha nada em mente,os pensamentos davam nó.
Eu tomei a frente e resolvi abdicar de meu casamento pelo menos naquele momento e fui para a casa de meu
cunhado e cuidar dos bebes.Ali  fiquei feito mãe e companheira de meu cunhado que só chorava, eu sabia que se ele não encontrasse um apoio iria fazer uma besteira,era apaixonado demais e não se conformava em
ver os bebes que ela tanto quis sozinhos sem ela.
O tempo foi passando,meu cunhado se calou e se fechou feito uma ostra,se conversava era no trabalho por
que em casa nada dizia,nada o alegrava e eu me via cada vez mais necessária para cuidar das crianças.
Fui me apegando a elas cada vez mais e elas a mim.Meu noivo me encostou na parede,seu limite chegou ao
fim.Eu tinha que tomar uma decisão,era minha felicidade montando minha própria família ou criando aquelas
crianças que minha irmã tinha tanta paixão.
Minha vida era só preenchida  pelo amor delas,acabou os prazeres, passeios, planos e até deixei  de me cuidar.
A decisão tinha que ser tomada e eu tomei,abri mão de meu casamento em prol daquelas vidas,mesmo por-
que eu me tornei o porto seguro de meu cunhado paras cuidar da casa e deles.Ele se tornou aquele homem
triste e a cada dia eu chegava a conclusão de que ele não pretendia reconstruir sua vida,sim essa seria uma
solução para eu retomar minha vida com meu noivo e vistoriar de longe o crescimento das crianças.............
decididamente não.....ele  não confiava em mais ninguém e não amaria mais ninguém,minha irmã seria eterna
para ele.Eu achava bonito todo aquele sentimento mas ele estava tão cego que não percebia que minha vida estava sendo consumida em favor da família dele e eu ao mesmo tempo tinha pena de abandoná-lo.Era de
dar pena.Só saia para trabalhar sempre com a cabeça baixa para evitar conversas ,ele se isolou.
Os anos foram se passando,perdi de vista o homem com quem eu ia me casar e assumi a condição de mãe para meus sobrinhos e eles me viam assim.Para meus pais e o resto da família estava sendo a solução......mas e eu?ao mesmo tempo pensava em minha irmã,aquele sacrifício era por ela.
Conclusão,criei as crianças,atravessei a mocidade,cheguei na terceira idade,só que formei os três,cada qual
foi pro seu canto,meu cunhado adoeceu e também se foi,acho até que sempre desejou isso,a tristeza o levou,ele se partiu muito jovem,tinha quarenta e três anos.
Agora eu vim morar aqui na beira da praia,onde ando de lá para cá e de cá para lá,as crianças me presen- tearam com esta casa,me deram todo conforto,pagam tudo inclusive uma companhia que faz tudo ,minha
verdadeira companhia é a solidão e a dúvida.......será que fiz certo?eu não tinha outra opção?hoje eu pode-
deria estar com meu marido......soube que ele tambem não se casou,quanta gente infeliz nesta história........
Ao mesmo tempo penso olhando pro nada, sou uma senhora jovem,ele também,somos hoje  jovens mas cinquentões  se  for da vontade de Deus ele me premiará por esta atitude,ele o trará para mim e  aí eu po -derei até  dizer..........sim  valeu ,valeu muito a pena......quero acreditar nisso.......











Autora:Annaterra




sábado, 24 de setembro de 2011

Tarde demais...........eu deveria ter esperado o tempo passar.....

Minha vida era um mar de rosas.Era muito risonha,todos me queriam por perto porque minha alegria conta-giava,mesmo porque eu realmente não tinha motivos para chorar ou reclamar.
Um dia a casa caiu sobre mim,num acidente perdi meu marido ,meu pai e minha mãe,dá para imaginar?sei
que não.....
Bem perto de minha casa morava um casal ambos bonitos,formavam um casal perfeito aparentemente mas todos sabiam que ela o traia com o vizinho também casado. Eu me dava muito bem com os dois,ele era um homem sério e muito bonito,tinha dois filhos maravilhosos.
Quando tudo aconteceu em minha vida eu simplesmente me tranquei,nnguemi  mais me viu na rua, eu não sorria,não batia papo,preferia que ninguém viesse em casa, e exatamente por gostar delas porque naquele
momento era só amargura e elas não mereciam isso.
Todos comentavam da minha atitude e me aconselhavam a procurar um profissional na área de depressão,
mas eu sabia o que tinha dentro de mim....era uma tristeza tão grande que não cabia no meu peito.Depres-
são?não......era muito natural uma pessoa que caiu de um  pedestal sim porque eu mesma não encontrava
palavras para descrever o que tinha sido feito de minha vida,era natural que eu me encontrasse naquele es-
tado deplorável.Eu via assim e era assim mesmo,era tristeza,incompreensão,um vazio muito grande dentro
de mim e da minha casa,faltavam três pessoas........minha tristeza era profunda e só tempo para responder por mim.
Foi um pouco adiante este período,recebi  uma visita inesperada, era o meu amigo e vizinho o qual citei há
pouco.Era inesperada por ser ele um homem caseiro e não era dado a visitas,era de casa pro serviço e vi-
ce e versa.Eu o recebi bem e como eu estava enclausurada não sabia nada do que acontecia lá fora.Ele ti-
nha vindo me falar de sua tristeza de ter se separado da esposa.....eu o ouvi......não surpresa pois uma hora
aquele casamento iria por água abaixo,todos sabiam disso menos ele,que só trabalhava para cuidar bem da família.......pobre homem......dividi a pena de mim mesma com ele....o que eu poderia dizer senão sinto mui-
to,isso vai passar vocês vão acabar se acertando......ele dizia não....não tem conserto é definitivo,não disse
o porque da separação e eu não fui indiscreta mesmo que não soubesse a causa.
Continuou me visitando e lamentos e mais lamentos,ele estava tão sem chão e sem noção que não percebia
que eu não era a pessoa apropriada para ouvi-lo ,o meu sofrimento era grande demais.
Hoje eu sei que eu estava mais insana do que ele,u deixei escapar a oportunidade de ser feliz novamente já
que nada iria trazer minha família de volta,eu teria que formar uma outra,eu não tinha filhos pois era  casada
há apenas quatro anos,eu não tinha irmãos pois era filha única.Digo isso porque numa destas visitas ele falou
de uma união de solidão e de dor entre nós para reconstruirmos nosso lar desfeito,ambos nos queixávamos
do mesmo fato só que de forma diferente e tínhamos em comum a dor e a solidão. Neste  dia  fui  taxativa
com ele,disse que se continuasse com aquele tipo de conversa eu não estava disposta a ouvir,apenas seus
"ais "mais nada.
Hoje sei como fui idiota,deixei escapar uma pessoa que tinha certeza da idoneidade,um homem sofrido,que
amava família porque eu convivi e vi suas qualidades e sei que poderia dar muito certo,minha amiga não fi-
caria chateada pois ela nunca o amou.
Depois que passou meu desespero,veio a compreensão dos fatos pois Deus faz isso com a gente,ele nos dá resistência e nos ajuda a sobreviver e entender seus designos,agora eu o procuro mas nem sei onde anda,eu
tenho certeza pela minha busca que ele não ficou na cidade,meu "não"foi mais uma derrota para ele.
Estou esperando que nossos caminhos se cruzem novamente  ,agora já estou pronta para recomeçar e tenho
em meu pensamento seu pedido de reconstrução.....eu não enfrentei a depressão e nem ele,era uma tristeza normal de quem sua família de uma forma ou de outra.Vou  seguir meu  caminho sempre  na esperança  de tropeçar naquela proposta........






















Autora:Annaterra

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A felicidade está nas simples e pequenas coisas......

Vou narrar minha vida sem muitos detalhes pois senão virará um livro.
Eu sou  filha de um funcionário do mais alto escalão do governo do meu Estado natal.Era filha única,quem
me criava na verdade era a Bá,meus pais sempre ocupados com convidados,festas,passeios com pessoas
influentes.Eu não tinha nenhuma liberdade,não podia brincar com outras crianças,para ir ao colégio era com motorista e este não tirava os olhos de cima de mim.Enfim ....eu não vivia.
Meus pais viajavam muitos e só durante essas viagens é que a Bá,sentindo pena de mim,me levava para co-
nhecer e brincar com crianças da família dela mas tudo era um segredo nosso.Para mim eram os melhores dias.
Os anos foram se passando e eu  naquela segurança máxima,aquele luxo todo que nunca me agradou, eu
invejava a vida daquelas crianças que eu brincava no sítio que a Bá me levava escondido de meus pais,eu
invejava os pés no chão,o sentar na grama,tomar banho de bacia,comer com as mãos eram tão felizes.......
Fiz meus quinze anos fui apresentada a tal sociedade na qual me respeitavam por imposição do sistema mas
eu sabia que era tudo um jogo de interesses.Nem meus pais gostavam de mim o suficiente,eram muito práti-
cos.A Bá sim,ela era minha mãe,ela sabia tudo de mim,meu apego e meu refugio era com ela e por ela.
Mais uma vez meus pais viajaram para o exterior, eu fiquei e a Bá aproveitou para me levar para conhecer
seu povo numa fazenda não tão perto dali.,mas meus pais não voltariam tão cedo,e com certeza durante es-
tas viagens procuravam a dedo um bom partido para mim,eu nem pensava nisso.
Os dias na fazenda estavam maravilhosos,fui na roça e lotado de trabalhadores,quero dizer "roçeiros",olhei
sem querer para um por baixo do chapéu,pois todos usavam um chapelão por causa do sol ardente.Gente
que moço lindo se escondia atrás daqueles trapos,que olhar penetrante,nossos olhos se cruzaram e eu pela
primeira vez senti meu coração pulsar mais forte,foi só isso.Fomos embora para a casa grande,á noite ia ter
um baile na colónia,só participava os roçeiros moradores dali e das fazendas vizinhas,gente da alta como eu
jamais aparecia num baile desses.
Pedi  para a Bá me levar que queria conhecer o ambiente e ver de  perto essa festa,senão eu jamais teria a
oportunidade,ela nada me negava,ela era a mãezona ,mesmo.
Adorei,era muita alegria,todos felizes bem arrumadinhos sem luxo nenhum,a música era convidativa,ele esta-
va lá.....mais lindo que nunca.Eu  pedi a Bá para falar com ele para me tirar para dançar  pois eu  sabia que
ele não se atreveria,todos ali me olhavam como se eu não fosse gente....eu me sentia tão mal.Como eu queria ser amiga de todos sem esse respeito que eles mantinham para comigo.
O tal moço veio me pedir  para dançar a mando da Bá,eu fiz tudo para que ele se soltasse e agisse  normal-
mente comigo, queria que ele soubesse que eu era uma moça comum e que pessoas para mim não tinham
não tinham posição social,nem raça nem credo,simplesmente gente como eu. A  festa acabou e eu já  fui
fazendo planos de minha vida com ele,mas quem sabia disso era só eu e a Bá.Ela sorria e dizia que eu nunca
ia poder ficar com ele,que jamais meus pais ia aceitar......disso eu sabia..........mas para mim,bastava que ele
me aceitasse,o resto eu cuidaria.
No dia sseguinte tivemos um encontro na roça e como sempre eu tinha que dar o começo,ninguém  me  di-
rigia uma palavra fora do comum,tinha medo do senhor dos "aneis".......eu estava tão cheia disso.....eu fui lo-
go falando..... ,se você me ama eu também te amo diga sim ou não,se  você disser sim eu enfrento tudo e  a
gente casa.......Olha  gente ,que cara de pau a minha.....mas na minha posição contra a dele eu não tinha ou-
tra alternativa.
Para encurtar a história,quando meus pais souberam me puseram na rua com a bá,me deserdaram,  eu  fui
junto dela para seu  povo que me acolheram como membro  da família,eu me casei,o rapaz era muito apai -xonado e  com muita vontade vencer, esforçado ,querido,logo comprou um sitio que era uma gracinha e assim formei minha família juntamente com a Bá.
Amo meu marido e tudo que tenho,amo este chão que piso,amo a vida que tenho.Sou feliz,pela primeira vez 
em tantos anos de luxo e riqueza.
Meus pais..... eu nunca mais os procurei,remorso?nenhum,deixei este sentimento para eles curtirem,pois lido
com esta separação com a mesma praticidade de sentimentos que eles me tratavam.........me preocupo sim com minha verdadeira mãe que é a Bá, mas ela está comigo e foi ela que favoreceu este encontro  de amor
entre eu e meu marido........Ele não tem a nobreza no nome mas a nobreza de alma.,pra mim é o que conta.






Autora: Anna terra


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Vida madrasta............

Vou resumir minha trajetória porque foi muito para uma criança,uma adolescente e mesmo para uma já se-
nhora.
Perdi minha mãe muito cedo,tinha meus seis anos,meu pai era uma pessoa boa mas logo se casou com uma mulher cruel  que me roubou a atenção de meu pai e eu fiquei jogada ás traças.Ele não via as ,maldades a
escravidão em que eu vivia pois ficava o dia inteiro fora e eu não contava porque no dia seguinte eu apanha-
ria com certeza.Não tive infância,na adolescência não tive amigas,minha vida era uma tristeza só,meu único
amigo das horas tristes,aliás de todas as horas era meu gato que até isso ela me tirou.
Um dia já mocinha teve uma comemoração de natal lá em casa e conheci um homem amigo de meu pai,ele
se engraçou comigo e começou a frequentar minha casa,meu pai fazia gosto se a gente namorasse.
Passei  meses pensando,ele tinha uma boa diferença de idade minha,mas isso não era importante,era gentil,
tinha bons modos e se comportava muito bem.....pensei ....pensei e cheguei a aceitar o namoro,eu o queria bem,apenas isso,mas para quem não tinha um objetivo,não tinha sonhos,seria uma solução. Um casamento
pelo menos teria minha libertação,minha carta de euforria.
E assim foi,casei  vazia de sentimentos,eu não sabia amar pois nunca me senti amada e não aprendi o que
era amor.
Não sei se isso foi notado por ele ou ele era uma peste mesmo e a gente não sabia.Eu sofri,este homem era
tão ruim que sugava o restinho de energia que eu tinha,enfim.....fui para nas mãos de um padrasto.Uma res-
salva,eu tinha uma casa,tinha meu canto,mal ou bem eu era dona da minha casa.
Era escrava também,passava falta de coisas pessoais,ele não me deixava trabalhar e também não me dava
autoridade de comprar minhas coisas.Os parentes dele eram gente normal e acho que conhecendo ele co-
mo eu não conhecia, passaram a me presentear com roupas íntimas,cosméticos,muito sutilmente para que
ele e nem eu percebessem as intenções....mas eu vi logo,elas sabiam  o que ele me deixava faltar.Eu era a
segunda esposa dele,a primeira acho que pastou muito mais á ponto de deixar este costume ás pessoas que
me presenteavam.
Ele mal conversava comigo,não me levava ´a  passeios,não sei nem porque se casou comigo.....mas  ainda
com tudo isso era melhor que a prisão que vivi metade de minha vida,eu não amava mesmo,ele também não
me ensinou a amá-lo.
A vida vazia foi se seguindo.....ficamos uns dez anos casados até que ele sofreu um  acidente de  carro  da firma  graças á Deus se foi....desculpem-me mas só eu sei o alívio que isto me deu,eu não vivia,eu vegetava.
Hoje vivo só,garanti uma casa e uma pensão até muito boa.
Tenho pensado muito no que tem sido minha vida até hoje,estou até com fé que o sofrimento acabou,me pe-
guei fazendo ,planos, acho que ainda dá tempo de  eu me profissionalizar e trabalhar em ambientes de  pes-
soas boas,fazert amigos,coisa que nunca tive,e quem sabe aprender a amar e ainda ser feliz....tudo isso tem
passado pela minha mente.Estou contente,acho que as mágoas se foram,tenho trinta e dois anos e me valo-
rizando,me achando bonita,inteligente e capaz de enfrentar uma faculdade.
Pela primeira vez na vida me sinto fora da cadeia,dona de minha vida,pronta para sonhar e planejar.Os céus
cuidava de mim,ele sabia meu limite,eu é que não sabia. Deus estava comigo a todo momento me dando  o suporte que precisava para atravessar os meus dias ........e atravessei..........
Acho que  minha vida  madrasta teve um fim.....agora vou começar a viver a minha vida e estou muito pron-
ta para essa nova vida.....sem madrasta ou padrasto......









Autora:Annaterra



sexta-feira, 2 de setembro de 2011

QUEM AMA NÃO MATA???????

Minha história serve de exemplo a muitos amores exagerados,aqueles que te
escravizam,um amor louco desesperado,possessão.
Eu me casei com este sentimento,minha mãe já tinha me dito que ele não era
o que eu pensava,e me perguntava se eu suportaria uma traição.Essa  palavra
não fazia parte dos meus planos nem de longe,eu achava que nunca  passaria
por isso,eu estava cega de amor,nada que me dissessem me faria acreditar na
hipótese de uma decepção com meu futuro marido.
Nos  primeiros meses tudo correu bem, ou eu pensava assim com o passar dos
anos fui  pegando falhas,pequenos deslizes da parte  dele e fui me magoando
mas nada que eu visse com meus  olhos,eram  apenas rastros e fui montando
o quebra cabeça.Eu não cobrava nada,eu o sentia frio mas tinha medo de   co-
brar e ficar sem ele.Ao  mesmo tempo me sentia abandonada  e o  desespero
tomava conta de meu ser.
Era um sentimento horrível,eu não queria crer que a traição já estava fazendo
parte de nosso  vocabulário.Meu Deus,no início era tudo tão perfeito, aí  veio
a hora de responder a pergunta de minha mãe.... eu suportaria uma  traição?
A esta altura eu já tinha um filho e isso me fazia querer mais sua presença e
respeito.No fundo,no fundo eu o queria só para mim,o  que era muito justo já
que ele me jurou amor eterno.
Numa noite eu saí para o mercado,ví com meus olhos o meu marido aos beijos com  alguém dentro do carro no estacionamento deste  lugar .......eu  perdi  o
chão e a lista de compras,na verdade eu tive uma ausência momentânea, nun-
ca me imaginei num quadro deste.....
Fui para casa,calada a mente tão cheia que não tinha uma definição de um as-
sunto,eram muitos.Cuidei de meu filho e o fiz dormir, quando o traidor chegou
eu já estava na cama.O desespero tomava conta de mim,eu nada falei...........
Mais tarde quando ele dormia tranquilamente eu me peguei com uma arma na mão e apontando para sua cabeça.....Como agradeço a Deus.....uma  mão  me segurou,Deus enviou uma anjo,só pode ser...... eu voltei a mim e corri  para o quarto de meu filho o único que merecia aquele amor que eu oferecia e  chorei
chorei tudo que tinha que chorar,todos estes anos caíram em lágrimas,eu tive
que crer....tudo acabou....Ele acordou e perguntou o que tinha acontecido.......
eu nada falei,apenas arrumei minhas coisas e parti.
Que alívio,o que eu estava fazendo de minha vida....que loucura,todos os dias
quando me levanto eu olho para o céu e agradeço à Deus,como não compensa
ser escrava do amor,eu ia estragar minha vida e a do meu filho por alguém ....
ninguém pode obrigar que o amor seja com pesos e medidas iguais,hoje sei e
amei demais,mais que a mim mesma,justo por isso quase estraguei tudo.......
Agora saí daquela prisão que era amar desesperadamente,eu amei errado.......
eu tinha que saber que as pessoas são cruéis quando querem, eu não me pre-
parei.
Atualmente  sou muito feliz, a experiência de uma quase tragédia me fez ver
a realidade dos fatos,me fez gostar de mim,me fez ver que além dele  havia
a minha vida para ser vivida sem sua sombra.Era doentio.Me libertei,me sinto
leve e pronta para voar em outras direções,aquela cena triste me amadureceu
me deu asas......e que posso,devo e já estou colorindo minha vida sem remor-
sos.....fiz o certo....saí sem olhar para trás.....não  valia  pena.... A conclusão que cheguei......Quando se ama dói demais, há um momento  de  loucura e a  gente mata.....sim.








Autora:Annaterra