Eu era apenas um garoto de 12 anos,tinha uma vizinha amiga das minhas irmãs,ela tnhi uns 22anos......era simplesmente linda ao meus olhos.Ela me tratava como criança lógico,tinha um carinho especial por mim.
Por minha vez eu sentia por ela algo mais que este sentimento que ela me dedicava.Eu nutria por ela uma paixão,mas que para mim era definitiva.....Eu guardei para mim,era eu e eu......Eu fui crescendo,não me interessava por ninguém,paquerava muito mal com algumas garotas,mais por sair dos apelidos que me davam os amigos,achavam e me rotulavam de não ser homem.....isso me feria,pois dentro de mim curtia um amor platónico.Nunca tive esperanças,era uma fantasia que me alimentava....esta paixão me sustentava e me fazia dormir em paz....Nunca ninguém percebeu.
Um dia soube pelas minhas irmãs que ela iria se casar,logo recebemos o convite,para mim foi uma punhalada
esta noite chorei muito....não de inveja,revolta,eu desejava sua felicidade,mas de dó de mim em sonhar tão alto...Bem os anos se passaram a gente continuou com a mesma amizade,ela teve o primeiro filho eu ia visitar com minha mãe ou minhas irmãs,eu tinha aquela criança como um filho,vi seudesenvolvimento,ajudava ela cuidar,seu marido era muito bom ,me via como um vizinho solícito.Eu me realizava cuidando daquele menino,logo ela teve outro,continuei ajudando nas horas vagas eu pegava as crianças e levava para dar uma
volta e aquele afeto foi aumentando eu os tinha como meus e eles a mim.
Ela teve três filhos e eu sempre presente nos melhores e piores momentos,ela até me confidenciava certos assuntos pessoais.
Eu fingia a todos que tinha uma namorada fora,para evitar desconfiança da minha masculinidade,.isso pesava
Nossa grande amizade não levantava suspeita a ninguém, pois era de muitos anos e de muito respeito.
Certa manhã ela passou por um momento muito difícil e também nós.....teve notícias de que seu marido havia tido um enfarto fulminante durante o trabalho,embora jovem......eu a vi numa tristeza,num desespero que sofri junto e queria tomar suas dores para que ela não sofresse.....como se isso fosse possível........
O período de luto durou uns dois anos,e eu sempre lhe dando o ombro amigo,mas do fundo do coração eu não me gabava disso,apenas me sentia útil e solidário.Quem ama de verdade quer a felicidade do outro.
Nosso carinho foi aumentando gradualmente e recíproco,por carência ou não eu senti que ela se apegou a
mim,contava comigo para suprir a ausência do pai para com as crianças,mesmo porque eles já tinham um apego muito grande em mim e eu neles.Ela foi se acalmando,foi aceitando o fato de que ele não voltaria mais
parece que já estava bem,tocando sua vida mas sempre me procurando para ajudá-la com os filhos e os negócios no sentido de orientação.E a amizade foi se estreitando,um dia ela me convidou muito sutilmen-
mente e explicando a diferença de idade,que se apaixonasse por ela pois estava vendo em mim a única pes-
soa digna de entrar na vida dela e de seus filhos,que eu os considerava meus......mal sabia ela o qto esperei por isso......eu nada respondi.....pedi um tempo......eu precisava me beliscar,precisava ter certeza da reali-
dade dos fatos.
Atualmente já faz quatro anos que nos casamos e somos uma verdadeira família.Eu sempre quis isso mas
nunca pensei nesta possibilidade,sou feliz e a faço feliz juntamente com meus filhos do coração.....
Autora:annaterra