terça-feira, 6 de março de 2012

Eu tenho que crer no destino.....

Bom, começando lá do passado eu posso dizer o que ouvi de minha mãe,ela conta que morávamos nes-
ta mesma fazenda e que no dia de meu nascimento o que era feito através das parteiras da colonia,ela
estava só e a dor veio de repente e ela começou a gritar de dor e por ajuda,ela não esperava que por
alí passava um médico que era filho do fazendeiro,ele não era formado ainda mas para socorrer alguém
não pensou duas vezes em adentrar a nossa casa e ver o que ocorria.
Minha mãe conta que ela teve que deixar a vergonha de lado e aceitar sua ajuda e foi assim que nasci.
Deu tudo certo e ele se foi percebendo o contrangimento dela,no dia seguinte ela mandou que uma vizi-
nha mocinha escrevesse uma carta agradecendo o moço e levasse até ele.Mal sabia ela que aquela carta  daria início a  um grande amor entre a menina e o moço.....os dois bem feitores.
Hoje estou aqui para contar a sequência desta hitória....eles se casaram com um namoro muio rápido
como era de costume e um filho muito rápido também pois o lema era procriar......
Eu cresci alí,eles foram para uma outra cidade pois o moço se formou e foram fazer vida na cidade grande.
Eu cresci muleca e só fazia subir em árvores e correr pelo campo,era muito feliz,era como um pássaro.
Um dia esta molecagem minha deu confusão,correndo sem olhar onde pisava,e sempre empoleirada nas
porteiras eu pulei e foi cruel......pisei muio forte num prego enferrujado.....meu Deus que dor.....e que perigo.As pessoas naquele tempo curava tétano com fumo mais urina,era tanta porcaria que usava ,mas funcionava......Estou eu lá de castigo com o pé enfaixado,mas na frente de casa doida para sair pelas matas para fazer minhas artes,isso eu já tinha meus dezoito anos,mas eu só queria viver,não tinha ilusões,não tinha malícia,nem pensava que um dia iria me apaixonar e me casar e deixar aquela vida para trás.
Bom voltando,estou eu lá e passou um rapaz e perguntou o que eu tinha no pé,eu falei e ele disse se poderia ver,eu disse que não e para que ele queria ver,ele me explicou que fazia medicina e poderia estar me ajudando porque aquilo era perigoso.Eu disse não e ele foi embora....
Eu contei para minha mãe e ela disse qu eu poderia ter deixado porque era moço sério e filho de sua amiga.
No dia seguinte ele voltou e já não falou mais comigo,foi alertar minha mãe da seriedade do caso.Ela por sua vez me chamou e pediu que deixasse ele examinarmeu pé,e diga-se de passagem estava imundo, só andava descalço.Fui lá perto do poço e lavei o pé e vim......sabe que aí fui reparar no rapaz?era um boneco de louça,eu nunca tinha me dado este luxo de reparar em algum moço com interesse.e  .....Bem ele examinou e disse que ia falar com o professor para receitar  e traria o receita  e disse  que nem precisava comprar  que ele traria pois tinha na cidade.
No dia seguinte veio trouxe,nos outros seguintes dias vinhsa ver meu pé.....por fim passou uns tempos pediu minha mão...........
Eu gostei,ai ...como eu queria mas precisava ordens de minha mãe, pois meu pai já tinha falecido e ela tinha cuidados dobrados com a gente.
Minha mãe me chamou e disse, que ele é um moço bom,conhecido,pois ela  que arranjou sem querer o
namoro dos pais dele e atraves de mim  mas ele é dois anos mais novo,e isso para época era um caus.
A esta altura eu tinha vinte e dois e ele vinte,mas ele demontrava estar bem apaixonado,todo fim de semana estava lá e me enchia de presentes e palavras boas e lindas.Eu me apaixonei,quanto á posição dele não era problema pois era de familia rica e humilde e não ligava para posição social,tanto que o pai dele tinha se casado com a menina da roça também.Quanto a isso minha mãe não ficou com medo,as mães ainda eram amigas,aliás a mãe dele devia obrigação para minha porque graças ao meu nascimento ela achou o grande amor e que perdurava para sempre,eles se amavam muito e desejavam felicidades aos filhos tambem.
Conclusão, nos casamos somos felizes temos tres filhos,a medicina nos persegue porque tenho um para ingressar e os outros dois também escolheram áreas parecidas,dentista e enfermagem padrão.Somos felizes,e na verdade tudo começou com o meu nascimento.Foi coisa do desdino não foi?.......






Autora:Annaterra


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O pão nosso de cada dia.....eu nunca desisti.....

Minha história é longa,então vou contar uma das passagens,que marcaram e foram muitas,
de vez enquando vou contar uma.Hoje não faço mais da vida um sacrifício,não preciso,tra-
balhar  mas  faço  porque gosto,minha luta já acabou,hoje só agradeço ´Deus por ter me tra -
zido até  aqui e ver os frutos de minha luta pela vida.
Eu tive cinco filhos e um marido inerte perante á situação,nunca se preocupou se faltava ou não
o pão para seus filhos.Eu sempre que corri atrás,trabalhava os sete dias da semana para dar conta
das necessidades e assim mesmo era tudo muito regulado.Mas o pão nosso de cada dia eu não dei-
xava faltar,ãs vezes quando ia faltar algo de bom acontecia e o pão aparecia.
Eu nunca pude contar com Deus e o mardo juntos,apenas Deus,abaixo dele eu e a minha fé,e a res-
ponsabilidade de cinco vidas.Nem a crianças contavam com ele,era como se não tivessem pai.
Foram muitos e muitos acontecimentos,uns muito tristes na maioria das vezes,outros muito diverti-
dos, mas para mim tudo era alegria, eu nunca desanimei, eu só vivia rindo, as   pessoas que me
  conheciam sabiam levava ficavam bobas de ver como eu encarava tudo aquilo.
Não entendiam meu sorriso,eu chegava em casa cansadissima,quem me esperava,.....um marido be-
bado  disposto a arranjar confusão para poder me agredir........eu fui aprendendo a não dar bola     pegava as crianças e íamos para um quarto e eu contava para eles meu dia......que dia....mas eu floreava,co-
loria, todo esse dia e eles se desmanchavam de rir,essa era minha força,este era o motivo de meu sorriso.
Tudo ficou para trás,mas tenho que contar esse dia e seria trágico se não fosse cômico.
Numa certa manhã eu não tinha compromisso,e com isso não tinhamos mistura,o pão e o leite,por-
que eu trazia o sustendo do dia seguinte.Mas de repente chegou um recado de uma senhora  que preci-
sava de mim.Eu recebi com alegria a convocação pois estava a salvo, meu jantar e o dia seguinte.
Cheguei lá não era faxina,nem roupa,era diferente,ela me pedia que limpasse a caixa de gordura........
eu era pau para toda obra,mas a danada nem me deu uma luva,eu enfrentava tudo mas aquela caixa
estava um podridão.....mas eu limpava pensando nas minhas crianças esperando a mistura da janta......
vamos colocar os valores atuais,eu tinha que levar para casa vinte reais,era que eu contava para
nossas necessidades.Terminei aquela imundice era fim do dia......mas sempre alegre.A patroa veio
inspecionar gostou entrou para dentro e me trouxe um maço de macarrão.....eu não escondi ,minha decepção.....acho que ficou estampado em meu rosto.....minha vontade era tacar na cara dela mas banquei a firme e ainda agradeci.Fui embora,era longe,fui caminhando e com muita pena e mim,as
pessoas passavam eu ria mas só eu sabia o que estava dentro de mim.....humilhação,uma sensacão  de
ter sido usada,enganada.....mas minha fé não foi abalada....ia passando por um pontilhão e nisso co-
meçou do nada um vendaval terrível,quando olhei para o poeirão levantando com ela voava dinheiro
muitas notas,eu parecia estar vivendo um sonho,eu fui catando o que pude,muitas notas caíram no rio,mas eu peguei muito e logo passou o poeirão veio a calmaria e olhei no chão tinha uma maleta..... dali que saiu tanto dinheiro,alguém tinha perdido.....eu enfiei tudo lá dentro fechei e levei para casa.
Chegando lá meu filho ja´foi logo procurando saber de quem era para ir avisar.....mal sabia ele que poderia pelo menos ser nossa janta...mas eu também fiquei de acordo lógico,era o certo, era muito,mas
muito dinheiro,eu nem queria aquilo tudo.....achamos os documentos e o endereço,meu filho foi no ore-
lhão e ligou para a polícia que localizou o dono.
Ele veio e era um empresário de sucesso mas se eu ficasse com aquele dinheiro todo o sucesso de-
le iria perder a graça.Sabe minha gratificação??ele teve a coragem de me dar vinte e um reais.......
vendo toda nossa necessidade,a nossa honestidade.....mas ao mesmo tempo descobri o porque de tudo
aquilo e fiquei feliz......Era arte de Deus,ele armou aquele vento,para que tudo isso acontecesse e eu
conseguisse meu pão de cada dia....era só o que eu precisava.....ainda deu um a mais,acho que para
chamar a atenção das crianças para o caminho da honestidade e da fé.
Hoje a gente lembra daquele episódio a gente se diverte,porque a gente chega a conclusão de que foi
um dia produtivo,teve de tudo um pouco,tristeza,decepção,contentamento,ensinamento,um orgulho de
nós mesmos pela nossa atitude,foi gratificante sim e todos nós vimos o quanto Deus é bom e fiel,nos
deu exatamente o que precisávamos para o nosso alimento diário,isso fez crescer ainda mais a minha esperança e fé......e com uma observação......um real a mais kkkkkk






  1. Autora:Annaterra

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Tão pequena e já partiram seu coração.......

Sou tia numa escola de 1 à 8 série,é como me chamam mas meu cargo é zeladora,amo crianças,nunca ti-
ve pois nunca me casei mas este sonho fazia parte de mim.Presto muita atenção nelas,passou muitas por
aqui mas nenhuma me chamou mais atenção que esta que vou contar sua vidinha....
Desde o início do primeiro aninho eu a  observava,percebi  logo a diferença das outras,era como uma ostrinha,nunca se misturava,sempre só num canto,ela e seu "eu".....primeiro fui aos poucos me aproxi-
 mando para ganhar sua confiança,aos poucos também ela foi cedendo dando sua amizade para mim,eu fui fazendo com que se enturmasse,arranjava amiguinhas e trazia até ela.Eu percebia em seu olhar per-
dido,muita tristeza,ás vezes ela me pedia para ficar um pouco com ela,perguntava se eu estava ocupada  ou não  para ficar ao seu lado.Aquilo me cortava o coração,pois percebi que estava lidando com um também coraçãozinho cortado,eu nem imaginava porque, mas a gente adquire uma certa experiência observando as crianças.........
Ela se tornou minha amiguinha e aos poucos foi confiando e respondendo minhas perguntas que fazia com muita sutileza..Descobri sua maior tristeza,sua mãe passou a morar no céu quando ela tinha cinco anos,assim ela se expressou.o pai era extremo e tinha prometido a viver para ela, mesmo que se um dia se casasse novamente.Ela me disse que compreendia a necessidade do pai se casar porque alguém precisava cuidar da casa e ela não sabia,era assim que ela me explicava,com postura de gente grande.
....era mesmo uma gracinha,eu tinha vontade de levá-la para casa.
Bem as coisas foram acontecendo muito rápido na vida desta criança,,todos os dias ela chegava e corria me encontrar e sempre tinha algo a me dizer,acho que ninguém em sua família parou para ouví-la...e ela tinha tanto a dizer.....O pai tornou a se casar mas disse a ela que nada ia mudar mesmo com a chegada de um novo bebê,a madrasta não era ruim,era uma pessoa normal até chegar o tal irmãozinho,
 disse que a madrasta só sabia ditar ordens,feito olha seu irmão,ou faça isso ou aquilo,tinha acabado a amizade,o pai ficava fora o dia todo e não sabia destas atitudes e nem ela contava.Cada dia ela contava para mim um pedacinho,dizia que os avós  paternos queriam adotá-la porque percebia seu dilema,mas o pai não deixava e ela ficava entre o pai e os avós,porque ela amava o pai e tinha todo carinho dele,mas ele não tinha muito tempo.
Poxa como os desabafos dela me incomodavam,eu ia para casa pensando num jeito de melhorar seu destino,as vezes eu perdia noite de sono pensando....
Um dia tomei uma decisão,pedi a ela que deixasse eu ir ver seu irmãozinho,mas na verdade eu queria pegar amizade do pai e da madrasta para ganhar a confiança deles.Pois é foram meses de conversa,de idas em sua casa até eu poder pedir se eles deixariam ela ir passar as tardes de domingo em minha casa.Eu consegui,seus olhinhos brilharam,eu tinha sobrinhas de sua idade e ela passava um domingo muito leve e diferente no modo de se comportar tão timidadamente,alí ela era outra criança.Parece que com o passar do tempo ela foi superando seus traumas e abraçando a vida.Eu estava feliz por ela e já estávamos juntas há quatro anos,não queria perdê-la de vista,e não perdi,acompanhei sua formatura da oitava série,ví seu sorriso,muitas e muitas vezes.Acho que acompanhei  bem de perto até a idade em que ela ganhava autonomia de se defender da vida.
As vezes eu pensava que ela não surgiu por acaso em minha vida,poderia ser sua mãe zelando por ela e ela zelando por mim,pois a minha solidão foi preenchida com seus problemas.Eu a amava feito uma mãe........
Eu jamais poderia solucionar a falta da mãe,e os problemas que enfrentou depois de sua partida mas acho que ao menos consegui colocar um curativo em seu coraçãozinho partido........
Essa criança já está mocinha,é minha pupila,e eu sou para ela um porto seguro,caminhamos juntas para a vida.......Foi mútuo os curativos em nossos corações......






Autora:Annaterra



domingo, 5 de fevereiro de 2012

Uma mulher extraordinária....Ela acreditou que a vida poderia florir........

Conheci esta senhora,porque morávamos no mesmo terreno,era onde morava todos os trabalhadores da firma.Nossa casa era separada mas as outras eram como colônias,todas grudadinhas.A nossa era diferente porque meu pai chefiava a  Companhia.A gente se dava bem com todos éramos uma família.Uma  pessoa que me intrigava, era uma  vizinha ,era calada,sua vida era muito discreta,a gente via que duas ou trés vezes por semana ele ia á cidade pagar contas ou fazer compras,mas o sacrifício era grande pois tinha uma criança de um ano,duas gemeas de dois e uma maiorzinha de quatro,na verdade tinha quatro bebês.
Nunca pedia ajuda á ninguém,ou levava todos,,colocando trés num carrinho o outro pegava em sua mão ou deixava dois dormindo.Isso era dedução minha .Eu estudava de manhã e tinha ás tardes livres,eu adorava aquelas crianças embora não tivesse contato.
Um dia fui xeretar,fui na cerca conversar com ela e me prontifiquei a cuidar dos bebes quando precisasse sair isto se ela confiasse.Ela muito tímida agradeceu e disse que aceitaria sim.Eu tinha muita pena dela,tinha um marido omisso,saia cedo e voltava a noite e não dava atenção para nenhum deles,eu era muito jovenzinha,mas escutava o zum zum da vizinhança,como todos trabalhavam juntos as coisas não passavam despercebidas.Bem colada na casa dela tinha uma senhora que aos olhos dos outros era muito bem casada e tinha um marido bom,respeitoso para com a gente e muito educado,diferente do marido da coitada empencada de filho que era cara feia e malicioso quando olhava para a gente.
Eu soube que esta mulher vizinha era caso do marido da coitada,acho que ela sabia por isso era triste e retraída....naquele tempo nada se podia fazer a não ser ignorar pois a mulher que separasse perdia os direitos e não ganhava ajuda do marido,como ela faria?era insuportável a situação mas era pior sem ele.A máquina de fazer filho era assim que ela era vista por ele,e a outra era para horas de lazer.
Aquela situação incomodava á todos mas ninguém poderia se envolver e principalmente abrir a boca,era muito perigoso o assunto.
Bom os anos foram se passando as crianças crescendo essa mulher continuava apática,ela não teve depressão não tinha tempo,era muito serviço,muita preocupação,sua mágoa ela curtia trabalhando dia e noite.
A Companhia fechou e todos se dispersaram,cada qual foi para um lado e eu sempre visitava minha protegida, eu só ia lá quando ele não estava,parece que depois que ele mudou de emprego ela ficou  mais leve e solta,mais dada.Eu compreendia ela,embora nunca tocasse em assunto de vivência,mas nem precisava,tinha em mim o maior apreço,dizia que eu ajudei a criar seus filhos.
Quando essas crianças chegaram á adolescência praticamente todos juntos porque a diferença e idade era muito pequena,ele se tornaram meninos e meninas bem educadas e estudiosas,mesmo com o pai sempre ausente,mas a mãe sempre supriu esta ausência paternal.A vida caminhava mas de repente a notícia da morte do senhor cara feia.....enfarto fulminante.....sabe que ela não se descabelou?enfrentou tudo na boa,deu a impressão de que ela já não o considerava tão próximo,apenas o respeito por ser pai de seus filhos.Essa frase ela me confessou,então daí tive a certeza de que ela sempre soube e sofreu calada.Se ele ainda tinha caso com a outra a gente não sabia,mas só aqueles anos já foram suficiente paras ela perder o amor,por ele.Ela apenas o aturava e fazia seu papel de mãe.
Ele se foi ela ficou com a pensão a esta altura os meninos já trabalhavam e estudavam á noite.
O incrível é que todos tinham o mesmo dom,atualmente ele são sócios em uma firma de advocacia muito conceituada,todos são advogados,e cuidam dessa mãe como realmente ela merece.Hoje ela é muito feliz,está muito jovem ainda e sorridente,ela viu as glórias,sua vitória,a formatura dos quatro,ele não viu nada disso....acho até que ela se sentiu vingada,pois ele realmente não merecia aquela família tão bonita.
Uma mulher  foi extraórdinária......e acreditou que a vida ainda ia florir ......







Autora:Annaterra

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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Eu sou uma sobrevivente......

Hoje me bateu uma melancolia,olhei para trás e me perguntei.....como foi que venci?A vida em alguns trechos foi mãe outras muitas outras vezes foi madrasta carrasca e eu nunca desanimei.....eu não podia...tinha metas,tinha deveres,eu não podia dar a vitória para a derrota,foram grandes as lutas,e modéstia parte eu as venci,não sabia de onde vinha minhas forças,só o céu explica.....era leão por toda parte e todos os dias.......mas acredito nos dizeres"O QUE NÃO TE MATA TE FORTALECE..."eu fui uma rocha diante da vida...só eu sei....as fendas em minha alma são enormes...
Eu vivi dias escuros,sofri em silêncio dia após dia naquela luta contra os leões eu acreditava que Deus me acompanhava,mas ás vezes eu pensava que ele me estava desafiando....eu até brigava com ás vezes,pois chegava a conclusão de que era humanamente impossível carregar a cruz que ele me impôs...... e com tantos empecilhos eu ia atravessando....nada me favorecia.....e cheguei aqui..........sã e salva....fui mais forte do que a tempestade,a avalanche que caia sobre mim,para que eu desistisse de minhas metas....eu as cumpri........
Quantas cicatrizes.....quantas lembranças há meste momento há uma mistura de sentimentos   .....alegria
,.....pena......sabor de dever cumprido,.......vitória,e ainda hoje choro...emoção é que não me falta.....eu sobrevivi......
Não venci ainda a batalha,apenas muitas lutas,acredito que  a batalha faz parte e a gente não  vence ,   travei lutas com a vida o tempo todo para vencer até aqui....me sinto vitoriosa mas tenho muito que vencer ainda......em se se falando de pessoas lutadoras eu fui....era cada dia um ou mais leões e eu os matava.hoje estou vacinada  tropeços  da vida.....os leões do passado hoje aparecem mas para mim são gatinhos,porque aprendi a me defender, sei que sou uma sobrevivente......













Autora:Annaterra

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Entre a cruz ea espada.....tive que optar......

Tenho uma família linda,mas carrego comigo uma frustração,determinado trecho de minha vida tive que enfrentar um dilema que para mim era terrível mas eu tinha que optar e foi muito difícil.
Desde meus doze anos eu já era muito religioso e tinha em mim um dom nato,era um ideal que naqueles
momentos eram já decididos em minha cabeça......Ser padre...Eu ia á igreja e ficava encantado com tudo
como era ministrado,as atitudes o decorrer da missa,aquilo me fazia muito bem.
Me tornei um jovem fiel temente á Deus e fui para o seminário de teologia,estudava o dia todo e voltava para casa.Logo que iniciou o curso já foi dito que aquele período era uma preparação para o celibato mas tínhamos todo direito de desistir até o último momento.Era como se fosse um teste á nossa vocaçao
e que durante  andamento do curso é que poderíamos decidir se estávamos certos do que realmente que-ríamos.
Isto foi falado mas eu não tinha duvidas de minha vocação,sempre sonhei com o dia de minha ordena-.
ção.Bem esta certeza toda ficou para trás quando me apaixonei......ali na missa mesmo.......aí fiquei tão dividido.... eu não tirava a menina de minha cabeça mas eu não desistia do meu dom,mas porque não posso ser padre e formar uma família também??? esta  pergunta me incomodava  porque já  sabia  a resposta..............
A moça também gostava  de mim eu sentia isso,ela era ideal para mim pois era acomodada e  fiel  com na crença.Que decisão difícil,e eu só poderia me aproximar dela depois desta decisão.
O tempo foi passando e eu não  poderia demorar para resolver.....mas eu queria tanto ser padre.......mas
também queria formar uma família.....eu tinha certeza dos dois caminhos mas tinha que  escolher.........
Eu pensava......mas Deus não disse que cresceis multiplicai?porque não posso doutrinar e casar? isto,
não pode mudar??isto me acompanhava o pior que eu sabia a resposta.....Eu queria servir á Deus dos dois modos....dentro de mim não havia dúvidas,eu queria ser sacerdote sim....eu esperei até aquele momento para poder ir para o seminário,esperei tanto......
Conversei com minha mãe......ela disse não poder decidir por mim e as duas coisas não caminhavam paralelas.
Era eu mesmo,eu estava amando minha futura profissão e minha futura esposa,que cruz Aquela situação foi me apertando eu falei até com um dos professores que era padre  como a maioria deles este eu
este eu tinha mais liberdade,ele era mais dado á conversa e atenção.O mesmo que minha mãe disse ele também disse.....só estava  em mim decisão mais ninguém poderia se envolver.
Conclusão,abandonei o seminário mas não minha vocação em servir á Deus,não como eu queria eu cheguei a um consenso de que eu formando uma família doutrinando -a e direcionando sempre á fé eu também o estava servindo.
Numca admiti a idéia de que não poderia ser um homem comum  que cuida da família e também poderia
ser sacerdote pois eu achava que seria até um melhor por ter experiência de lidar com filhos e esposa e poderia orientar melhor os fiéis ,sabia que era utopia mas minhas duas metades falavam alto.
Hoje sou um homem feliz com a família que formei e tenho que admitir que esta decisão não fui eu que tomei foi o próprio Deus que tanto pedi para e orientar,achar meu caminho pois sri que não cai uma folha se ele não permitir,ele é o dono de tudo que colocou aqui,então aceito eu a decisão mas nas horas vagas eu evangelizo faço  grupo de orações e com isso me sinto um pouquinho realizado,me sinto um pouquinho padre.
E acho até que o meu caso não é o único,vários passaram por isso e muitos optaram pelo celibato mas,como eu vivem meio que pela metade,mas não podemos discutir os designos de Deus...............
Esta foi minha história, mas tem milhares iguais a esta por aí.......





Autora;Annaterra


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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Esquecer jamais.....Tudo vai se acomodar,basta dar tempo ao tempo.......

Depois da tempestasde vem a bonanza....


Para narrar esta real história tenho que explicar quem sou eu,e como cheguei a esta pessoa.
Eu, uma senhora cinquentona,divorciada à  muitos anos,mãe de dois filhos já casados e muito bem com a
vida.Quando me vi sem eles,não tinha mais com que me preocupar,apenas com a solidão e a ociosidade.
Eu não sou dada a ficar  só,sempre fui muito ativa e alegre.Tenho uma amiga que é proprietária de uma
 pensão familiar então tive idéia e ir morar lá,unindo o útil ao agradável....troco meu serviço por estadia
não que eu precise disso mas preciso me ocupar e ter companhia.Aqui faço de tudo um pouco,eu gosto de trabalhar,e á noite tem hóspedes na varanda para  bater papo e rir muito.
Como todos os lugares tem os mais dados outros mais limitados mas a gente percebe logo,uns passam por
aqui muito rápido,outros se fixam então sempre tem gente transitando pelos corredores.
Bem a partir disso vou falar deste rapaz que chegou para morar e trabalhar há mais ou menos um ano.Por
um bom tempo eu o achava antipático,arrogante e gente que não se mistura aos serviçais.Fiquei na minha
pois tenho bom senso e sei quando sou bem vinda ou não.
Nessas minhas idas lá na frente á noite eu passava em frente ao seu quarto,comecei a prestar atenção,eu
comecei a ouvir suspiros e em algumas noites choro sentido como se fosse criança sofrida,vinha de seu
quarto,eu comecei a me incomodar e pensar num jeito de entrar em seu dilema.Eu limpava seu quarto toda
manhã,reparava em um porta retrato onde tinha uma jovem e duas crianças,comecei a juntar as peças e vi
que tinha a ver......Uma noite não aguentei,sempre fui dada a solidariedade e companheirismo nas horas
difíceis,muitas vezes encarada como xereta.Bati de leve em sua porta,acho que estava tão desesperado que
me convidou para entrar em meio soluços.
Ao ouvir seu desabafo segurei para não chorar também,porque tinha que passar segurança a ele, senão que espécie de ouvinte era eu.........Era saudade,sentimento de culpa,amor interrompido Ele pedira transferên-
cia para cá para fugir do problema...perdera mulher duas filhas num acidente longe de casa,quando ele lhes proporcionou uma viagem de férias para um outro pais e lá aconteceu a tragédia.Ele engasgava,tinha ânsia
de vômitos enquanto tentava me explicar seu desespero.Eu o ouvia e passava para ele palavras de mãe,pois
tinha mais ou menos a idade de meus filhos,eu agradeci a confiança e a oportunida de de fazer algo por ele,
ele me agradecia por estar ouvindo.Eu falava de fé e esperança,que ele tinha que ficar e viver bem pois foi
uma decisão de Deus,ele não poderia ir antes de sua permissão,ele iria trabalhar seu coração para a calma-
ria voltar,dê tempo ao tempo disse a ele,as coisas vão se acomodar,Deus é misericordioso,você vai retomar seu caminho levando saudade mas sem culpas.E assim todos os dias fomos conversando,ele foi se soltan-
do e até começou  a aceitar o convite de ir lá na frente jogar conversa fora.....Dali uns dias já sorria,e eu
estava feliz por ele.
Como acreditei na misericordia divina ele também porque já é outra pessoa,saiu da ostra,já participa de ro-
dinhas e até fala em voltar para perto dos seus.
A situação está assim, depois de meses de conversa,ví sua mudança e a vontade de novamente viver.
Eu confio em Deus e sei que a partir de agora ele vai só levantá-lo,ele vai conviver com a saudade mas vai
viver bem e reconstruir sua vida formando uma nova família.
Estou realizada por ter feito parte direta ou indiretamente desta reabilitação de vida,de sentimentos,acredito até que fui usada em seu favor,como um instrumento de Deus para socorrê-lo,como uma prova de que ele
"Deus" não abandona seus filhos.ele sempre coloca uma muleta para levantar as pessoas que mesmo depois de tanto sofrimento continua a crer e a ter fé e esperança.
DEUS É MISERICORDIOSO ELE ACOMODA AS SITUAÇÕES,ELE TE ABRAÇA,E A TRISTEZA
TOMA DISTÂNCIA,VIRA SAUDADE .....UMA SAUDADE QUE TE TRAZ NOVAS FORÇAS .







Autora :Annaterra