segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Tão pequena e já partiram seu coração.......

Sou tia numa escola de 1 à 8 série,é como me chamam mas meu cargo é zeladora,amo crianças,nunca ti-
ve pois nunca me casei mas este sonho fazia parte de mim.Presto muita atenção nelas,passou muitas por
aqui mas nenhuma me chamou mais atenção que esta que vou contar sua vidinha....
Desde o início do primeiro aninho eu a  observava,percebi  logo a diferença das outras,era como uma ostrinha,nunca se misturava,sempre só num canto,ela e seu "eu".....primeiro fui aos poucos me aproxi-
 mando para ganhar sua confiança,aos poucos também ela foi cedendo dando sua amizade para mim,eu fui fazendo com que se enturmasse,arranjava amiguinhas e trazia até ela.Eu percebia em seu olhar per-
dido,muita tristeza,ás vezes ela me pedia para ficar um pouco com ela,perguntava se eu estava ocupada  ou não  para ficar ao seu lado.Aquilo me cortava o coração,pois percebi que estava lidando com um também coraçãozinho cortado,eu nem imaginava porque, mas a gente adquire uma certa experiência observando as crianças.........
Ela se tornou minha amiguinha e aos poucos foi confiando e respondendo minhas perguntas que fazia com muita sutileza..Descobri sua maior tristeza,sua mãe passou a morar no céu quando ela tinha cinco anos,assim ela se expressou.o pai era extremo e tinha prometido a viver para ela, mesmo que se um dia se casasse novamente.Ela me disse que compreendia a necessidade do pai se casar porque alguém precisava cuidar da casa e ela não sabia,era assim que ela me explicava,com postura de gente grande.
....era mesmo uma gracinha,eu tinha vontade de levá-la para casa.
Bem as coisas foram acontecendo muito rápido na vida desta criança,,todos os dias ela chegava e corria me encontrar e sempre tinha algo a me dizer,acho que ninguém em sua família parou para ouví-la...e ela tinha tanto a dizer.....O pai tornou a se casar mas disse a ela que nada ia mudar mesmo com a chegada de um novo bebê,a madrasta não era ruim,era uma pessoa normal até chegar o tal irmãozinho,
 disse que a madrasta só sabia ditar ordens,feito olha seu irmão,ou faça isso ou aquilo,tinha acabado a amizade,o pai ficava fora o dia todo e não sabia destas atitudes e nem ela contava.Cada dia ela contava para mim um pedacinho,dizia que os avós  paternos queriam adotá-la porque percebia seu dilema,mas o pai não deixava e ela ficava entre o pai e os avós,porque ela amava o pai e tinha todo carinho dele,mas ele não tinha muito tempo.
Poxa como os desabafos dela me incomodavam,eu ia para casa pensando num jeito de melhorar seu destino,as vezes eu perdia noite de sono pensando....
Um dia tomei uma decisão,pedi a ela que deixasse eu ir ver seu irmãozinho,mas na verdade eu queria pegar amizade do pai e da madrasta para ganhar a confiança deles.Pois é foram meses de conversa,de idas em sua casa até eu poder pedir se eles deixariam ela ir passar as tardes de domingo em minha casa.Eu consegui,seus olhinhos brilharam,eu tinha sobrinhas de sua idade e ela passava um domingo muito leve e diferente no modo de se comportar tão timidadamente,alí ela era outra criança.Parece que com o passar do tempo ela foi superando seus traumas e abraçando a vida.Eu estava feliz por ela e já estávamos juntas há quatro anos,não queria perdê-la de vista,e não perdi,acompanhei sua formatura da oitava série,ví seu sorriso,muitas e muitas vezes.Acho que acompanhei  bem de perto até a idade em que ela ganhava autonomia de se defender da vida.
As vezes eu pensava que ela não surgiu por acaso em minha vida,poderia ser sua mãe zelando por ela e ela zelando por mim,pois a minha solidão foi preenchida com seus problemas.Eu a amava feito uma mãe........
Eu jamais poderia solucionar a falta da mãe,e os problemas que enfrentou depois de sua partida mas acho que ao menos consegui colocar um curativo em seu coraçãozinho partido........
Essa criança já está mocinha,é minha pupila,e eu sou para ela um porto seguro,caminhamos juntas para a vida.......Foi mútuo os curativos em nossos corações......






Autora:Annaterra



domingo, 5 de fevereiro de 2012

Uma mulher extraordinária....Ela acreditou que a vida poderia florir........

Conheci esta senhora,porque morávamos no mesmo terreno,era onde morava todos os trabalhadores da firma.Nossa casa era separada mas as outras eram como colônias,todas grudadinhas.A nossa era diferente porque meu pai chefiava a  Companhia.A gente se dava bem com todos éramos uma família.Uma  pessoa que me intrigava, era uma  vizinha ,era calada,sua vida era muito discreta,a gente via que duas ou trés vezes por semana ele ia á cidade pagar contas ou fazer compras,mas o sacrifício era grande pois tinha uma criança de um ano,duas gemeas de dois e uma maiorzinha de quatro,na verdade tinha quatro bebês.
Nunca pedia ajuda á ninguém,ou levava todos,,colocando trés num carrinho o outro pegava em sua mão ou deixava dois dormindo.Isso era dedução minha .Eu estudava de manhã e tinha ás tardes livres,eu adorava aquelas crianças embora não tivesse contato.
Um dia fui xeretar,fui na cerca conversar com ela e me prontifiquei a cuidar dos bebes quando precisasse sair isto se ela confiasse.Ela muito tímida agradeceu e disse que aceitaria sim.Eu tinha muita pena dela,tinha um marido omisso,saia cedo e voltava a noite e não dava atenção para nenhum deles,eu era muito jovenzinha,mas escutava o zum zum da vizinhança,como todos trabalhavam juntos as coisas não passavam despercebidas.Bem colada na casa dela tinha uma senhora que aos olhos dos outros era muito bem casada e tinha um marido bom,respeitoso para com a gente e muito educado,diferente do marido da coitada empencada de filho que era cara feia e malicioso quando olhava para a gente.
Eu soube que esta mulher vizinha era caso do marido da coitada,acho que ela sabia por isso era triste e retraída....naquele tempo nada se podia fazer a não ser ignorar pois a mulher que separasse perdia os direitos e não ganhava ajuda do marido,como ela faria?era insuportável a situação mas era pior sem ele.A máquina de fazer filho era assim que ela era vista por ele,e a outra era para horas de lazer.
Aquela situação incomodava á todos mas ninguém poderia se envolver e principalmente abrir a boca,era muito perigoso o assunto.
Bom os anos foram se passando as crianças crescendo essa mulher continuava apática,ela não teve depressão não tinha tempo,era muito serviço,muita preocupação,sua mágoa ela curtia trabalhando dia e noite.
A Companhia fechou e todos se dispersaram,cada qual foi para um lado e eu sempre visitava minha protegida, eu só ia lá quando ele não estava,parece que depois que ele mudou de emprego ela ficou  mais leve e solta,mais dada.Eu compreendia ela,embora nunca tocasse em assunto de vivência,mas nem precisava,tinha em mim o maior apreço,dizia que eu ajudei a criar seus filhos.
Quando essas crianças chegaram á adolescência praticamente todos juntos porque a diferença e idade era muito pequena,ele se tornaram meninos e meninas bem educadas e estudiosas,mesmo com o pai sempre ausente,mas a mãe sempre supriu esta ausência paternal.A vida caminhava mas de repente a notícia da morte do senhor cara feia.....enfarto fulminante.....sabe que ela não se descabelou?enfrentou tudo na boa,deu a impressão de que ela já não o considerava tão próximo,apenas o respeito por ser pai de seus filhos.Essa frase ela me confessou,então daí tive a certeza de que ela sempre soube e sofreu calada.Se ele ainda tinha caso com a outra a gente não sabia,mas só aqueles anos já foram suficiente paras ela perder o amor,por ele.Ela apenas o aturava e fazia seu papel de mãe.
Ele se foi ela ficou com a pensão a esta altura os meninos já trabalhavam e estudavam á noite.
O incrível é que todos tinham o mesmo dom,atualmente ele são sócios em uma firma de advocacia muito conceituada,todos são advogados,e cuidam dessa mãe como realmente ela merece.Hoje ela é muito feliz,está muito jovem ainda e sorridente,ela viu as glórias,sua vitória,a formatura dos quatro,ele não viu nada disso....acho até que ela se sentiu vingada,pois ele realmente não merecia aquela família tão bonita.
Uma mulher  foi extraórdinária......e acreditou que a vida ainda ia florir ......







Autora:Annaterra

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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Eu sou uma sobrevivente......

Hoje me bateu uma melancolia,olhei para trás e me perguntei.....como foi que venci?A vida em alguns trechos foi mãe outras muitas outras vezes foi madrasta carrasca e eu nunca desanimei.....eu não podia...tinha metas,tinha deveres,eu não podia dar a vitória para a derrota,foram grandes as lutas,e modéstia parte eu as venci,não sabia de onde vinha minhas forças,só o céu explica.....era leão por toda parte e todos os dias.......mas acredito nos dizeres"O QUE NÃO TE MATA TE FORTALECE..."eu fui uma rocha diante da vida...só eu sei....as fendas em minha alma são enormes...
Eu vivi dias escuros,sofri em silêncio dia após dia naquela luta contra os leões eu acreditava que Deus me acompanhava,mas ás vezes eu pensava que ele me estava desafiando....eu até brigava com ás vezes,pois chegava a conclusão de que era humanamente impossível carregar a cruz que ele me impôs...... e com tantos empecilhos eu ia atravessando....nada me favorecia.....e cheguei aqui..........sã e salva....fui mais forte do que a tempestade,a avalanche que caia sobre mim,para que eu desistisse de minhas metas....eu as cumpri........
Quantas cicatrizes.....quantas lembranças há meste momento há uma mistura de sentimentos   .....alegria
,.....pena......sabor de dever cumprido,.......vitória,e ainda hoje choro...emoção é que não me falta.....eu sobrevivi......
Não venci ainda a batalha,apenas muitas lutas,acredito que  a batalha faz parte e a gente não  vence ,   travei lutas com a vida o tempo todo para vencer até aqui....me sinto vitoriosa mas tenho muito que vencer ainda......em se se falando de pessoas lutadoras eu fui....era cada dia um ou mais leões e eu os matava.hoje estou vacinada  tropeços  da vida.....os leões do passado hoje aparecem mas para mim são gatinhos,porque aprendi a me defender, sei que sou uma sobrevivente......













Autora:Annaterra

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Entre a cruz ea espada.....tive que optar......

Tenho uma família linda,mas carrego comigo uma frustração,determinado trecho de minha vida tive que enfrentar um dilema que para mim era terrível mas eu tinha que optar e foi muito difícil.
Desde meus doze anos eu já era muito religioso e tinha em mim um dom nato,era um ideal que naqueles
momentos eram já decididos em minha cabeça......Ser padre...Eu ia á igreja e ficava encantado com tudo
como era ministrado,as atitudes o decorrer da missa,aquilo me fazia muito bem.
Me tornei um jovem fiel temente á Deus e fui para o seminário de teologia,estudava o dia todo e voltava para casa.Logo que iniciou o curso já foi dito que aquele período era uma preparação para o celibato mas tínhamos todo direito de desistir até o último momento.Era como se fosse um teste á nossa vocaçao
e que durante  andamento do curso é que poderíamos decidir se estávamos certos do que realmente que-ríamos.
Isto foi falado mas eu não tinha duvidas de minha vocação,sempre sonhei com o dia de minha ordena-.
ção.Bem esta certeza toda ficou para trás quando me apaixonei......ali na missa mesmo.......aí fiquei tão dividido.... eu não tirava a menina de minha cabeça mas eu não desistia do meu dom,mas porque não posso ser padre e formar uma família também??? esta  pergunta me incomodava  porque já  sabia  a resposta..............
A moça também gostava  de mim eu sentia isso,ela era ideal para mim pois era acomodada e  fiel  com na crença.Que decisão difícil,e eu só poderia me aproximar dela depois desta decisão.
O tempo foi passando e eu não  poderia demorar para resolver.....mas eu queria tanto ser padre.......mas
também queria formar uma família.....eu tinha certeza dos dois caminhos mas tinha que  escolher.........
Eu pensava......mas Deus não disse que cresceis multiplicai?porque não posso doutrinar e casar? isto,
não pode mudar??isto me acompanhava o pior que eu sabia a resposta.....Eu queria servir á Deus dos dois modos....dentro de mim não havia dúvidas,eu queria ser sacerdote sim....eu esperei até aquele momento para poder ir para o seminário,esperei tanto......
Conversei com minha mãe......ela disse não poder decidir por mim e as duas coisas não caminhavam paralelas.
Era eu mesmo,eu estava amando minha futura profissão e minha futura esposa,que cruz Aquela situação foi me apertando eu falei até com um dos professores que era padre  como a maioria deles este eu
este eu tinha mais liberdade,ele era mais dado á conversa e atenção.O mesmo que minha mãe disse ele também disse.....só estava  em mim decisão mais ninguém poderia se envolver.
Conclusão,abandonei o seminário mas não minha vocação em servir á Deus,não como eu queria eu cheguei a um consenso de que eu formando uma família doutrinando -a e direcionando sempre á fé eu também o estava servindo.
Numca admiti a idéia de que não poderia ser um homem comum  que cuida da família e também poderia
ser sacerdote pois eu achava que seria até um melhor por ter experiência de lidar com filhos e esposa e poderia orientar melhor os fiéis ,sabia que era utopia mas minhas duas metades falavam alto.
Hoje sou um homem feliz com a família que formei e tenho que admitir que esta decisão não fui eu que tomei foi o próprio Deus que tanto pedi para e orientar,achar meu caminho pois sri que não cai uma folha se ele não permitir,ele é o dono de tudo que colocou aqui,então aceito eu a decisão mas nas horas vagas eu evangelizo faço  grupo de orações e com isso me sinto um pouquinho realizado,me sinto um pouquinho padre.
E acho até que o meu caso não é o único,vários passaram por isso e muitos optaram pelo celibato mas,como eu vivem meio que pela metade,mas não podemos discutir os designos de Deus...............
Esta foi minha história, mas tem milhares iguais a esta por aí.......





Autora;Annaterra


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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Esquecer jamais.....Tudo vai se acomodar,basta dar tempo ao tempo.......

Depois da tempestasde vem a bonanza....


Para narrar esta real história tenho que explicar quem sou eu,e como cheguei a esta pessoa.
Eu, uma senhora cinquentona,divorciada à  muitos anos,mãe de dois filhos já casados e muito bem com a
vida.Quando me vi sem eles,não tinha mais com que me preocupar,apenas com a solidão e a ociosidade.
Eu não sou dada a ficar  só,sempre fui muito ativa e alegre.Tenho uma amiga que é proprietária de uma
 pensão familiar então tive idéia e ir morar lá,unindo o útil ao agradável....troco meu serviço por estadia
não que eu precise disso mas preciso me ocupar e ter companhia.Aqui faço de tudo um pouco,eu gosto de trabalhar,e á noite tem hóspedes na varanda para  bater papo e rir muito.
Como todos os lugares tem os mais dados outros mais limitados mas a gente percebe logo,uns passam por
aqui muito rápido,outros se fixam então sempre tem gente transitando pelos corredores.
Bem a partir disso vou falar deste rapaz que chegou para morar e trabalhar há mais ou menos um ano.Por
um bom tempo eu o achava antipático,arrogante e gente que não se mistura aos serviçais.Fiquei na minha
pois tenho bom senso e sei quando sou bem vinda ou não.
Nessas minhas idas lá na frente á noite eu passava em frente ao seu quarto,comecei a prestar atenção,eu
comecei a ouvir suspiros e em algumas noites choro sentido como se fosse criança sofrida,vinha de seu
quarto,eu comecei a me incomodar e pensar num jeito de entrar em seu dilema.Eu limpava seu quarto toda
manhã,reparava em um porta retrato onde tinha uma jovem e duas crianças,comecei a juntar as peças e vi
que tinha a ver......Uma noite não aguentei,sempre fui dada a solidariedade e companheirismo nas horas
difíceis,muitas vezes encarada como xereta.Bati de leve em sua porta,acho que estava tão desesperado que
me convidou para entrar em meio soluços.
Ao ouvir seu desabafo segurei para não chorar também,porque tinha que passar segurança a ele, senão que espécie de ouvinte era eu.........Era saudade,sentimento de culpa,amor interrompido Ele pedira transferên-
cia para cá para fugir do problema...perdera mulher duas filhas num acidente longe de casa,quando ele lhes proporcionou uma viagem de férias para um outro pais e lá aconteceu a tragédia.Ele engasgava,tinha ânsia
de vômitos enquanto tentava me explicar seu desespero.Eu o ouvia e passava para ele palavras de mãe,pois
tinha mais ou menos a idade de meus filhos,eu agradeci a confiança e a oportunida de de fazer algo por ele,
ele me agradecia por estar ouvindo.Eu falava de fé e esperança,que ele tinha que ficar e viver bem pois foi
uma decisão de Deus,ele não poderia ir antes de sua permissão,ele iria trabalhar seu coração para a calma-
ria voltar,dê tempo ao tempo disse a ele,as coisas vão se acomodar,Deus é misericordioso,você vai retomar seu caminho levando saudade mas sem culpas.E assim todos os dias fomos conversando,ele foi se soltan-
do e até começou  a aceitar o convite de ir lá na frente jogar conversa fora.....Dali uns dias já sorria,e eu
estava feliz por ele.
Como acreditei na misericordia divina ele também porque já é outra pessoa,saiu da ostra,já participa de ro-
dinhas e até fala em voltar para perto dos seus.
A situação está assim, depois de meses de conversa,ví sua mudança e a vontade de novamente viver.
Eu confio em Deus e sei que a partir de agora ele vai só levantá-lo,ele vai conviver com a saudade mas vai
viver bem e reconstruir sua vida formando uma nova família.
Estou realizada por ter feito parte direta ou indiretamente desta reabilitação de vida,de sentimentos,acredito até que fui usada em seu favor,como um instrumento de Deus para socorrê-lo,como uma prova de que ele
"Deus" não abandona seus filhos.ele sempre coloca uma muleta para levantar as pessoas que mesmo depois de tanto sofrimento continua a crer e a ter fé e esperança.
DEUS É MISERICORDIOSO ELE ACOMODA AS SITUAÇÕES,ELE TE ABRAÇA,E A TRISTEZA
TOMA DISTÂNCIA,VIRA SAUDADE .....UMA SAUDADE QUE TE TRAZ NOVAS FORÇAS .







Autora :Annaterra

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Uma idéia infeliz..... mas sempre há tempo.......

Vou começar minha história  falando de mim,eu era uma jovem bonita,que foi muito dedicada aos estudos e muito aplicada,por isso me tornei muito culta e alcancei uma posição profissional invejável,não estou me vangloriando  estou apenas me dando o valor merecido pois para chegar até aí eu abdiquei de muitas coisas que gostaria de ter vivido.Bem estava noiva de um rapaz que estava á minha altura pois lutara exatamente igual a mim para alcançar o sucesso profissionall.Estávamos de casamento marcado e tínhamos sonhos e plano,  metas a cumprir pós casamento.
Nosso destino seria trabalhar fora do país numa empresa de altíssimo nível,estávamos preparados para essa jornada.Tudo corria muito bem.
Um dia meu noivo partiu para o exterior para fazer um curso rápido de um mês Não sei se por carência ou curiosidade resolvi aceitar o convite de uma amiga para sair para uma balada,na verdade era uma festa popular,eu nunca tinha ido a um lugar destes,eu parecia um pássaro fora da gaiola,nem sabia o que fazer com tal liberdade..Neste ambiente conheci um rapaz galante,falante,elegante e muito bonito, dançamos muito e nunca ouvi  palavras tão doces,tudo aquilo para mim era novo,era só alegria, poxa vida como me diverti,o danado tinha o dom do domínio sobre as pessoas,tinha feitiço no olhar.
Pois é....caí de quatro á seus pés,perdi o juízo a ponto de terminar meu noivado e seguí-lo,muita gente que o conhecia de perto me dizia para não e envolver,ele era perigoso.....eu estava envolvidíssima,cega de paixão,nada que me dissessem eu ouviria.
Os meses se passaram e as palavras doces foram ficando cada vez mais amargas,o seu verdadeiro eu foi me decepcionando,foram dias e noites de lágrimas ......a grande  paixão se desfez  por ele próprio,se tornou um homem rude e cruel,eu conheci suas duas faces.......Foi aí que acordei e voltei ao meu mundo real reconheci minha insanidade, o que foi aquilo?como pude me envolver com um zé ninguém?sem escrúpulo sem eira nem beira?inocência minha?falta de malícia?eu não sabia me responder,só sabia que tinha vivido uma amarga experiência........amarga e insana,isso não fazia parte de mim,eu tinha vivido um pesadelo.
Quanto ao meu ex-futuro marido,como o fiz sofrer.....eu tinha notícias dele pois a família era unida pelo nosso passado.Eu sabia que após nosso término ele entrou numa depressão profunda ,e eu me sentia culpada.
Logo que voltei ao mundo dos normais eu tive a humildadede procurá-lo para me retratar,eu não podia esperar seu perdão,eu não ousava,ele estava certíssimo em estar magoado e ultrajado pelo que causei em seu interior.Fui ao seu encontro,estava magro e abatido,sem brilho nos olhos.Eu me senti um nada,a pior das piores pessoas.Foi aí que o conheci melhor,uma alma generosa,aceitou me ouvir e se calou.Eu gostaria que ele me respondesse como eu merecia,com palavras duras e ferinas....eu me sentiria melhor.....mas isso não erade seu feitio.Era terno e doce.Pedi sua amizade e ele me deu,fiquei feliz,porque sabia que já era muito......
Trocamos telefonemas,,por vários meses,depois nos tornamos amigos de sair para jantar,ou um cinema,não falávamos do passado.
Num destes passeios eu perguntei se era possível pular aquele trecho.....eu sabia que tinha que partir de mim o primeiro passo,pois eu o amava e tinha que lutar por ele,embora sabendo que não tinha direito e nem seria fácil para ele.A resposta foi,dar tempo ao tempo.....mas me dizendo que seus sentimentos quanto a mim estavam intáctos,e que em nenhum momento deixou de me amar..Estas palavras doíam em mim......como eu gostaria que ele lesse meus pensamentos,para saber de minha verdadeira intenção e de meu arrependimento.
As coisas foram se acomodando dentro de nós e acabamos superando e o que eu sempre dizia a ele era
que reataríamos  apenas o dia em que ele confiasse novamente em mim.
E assim aconteceu ele me pediu novamente em casamento e hoje vivemos no exterior como planejávamos.
Aquela bobagem toda que fiz não passou de uma idéia infeliz mas os danos foram sanados,graças a minha humildade de admitir meus erros e á  sua nobreza de alma com a capacidade  em.................. perdoar.








Autora:Annaterra


sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO......SEMPRE ......

Nós abriremos o livro. Suas páginas estão em branco. Nós vamos pôr palavras nele. O livro chama-se Oportunidade e seu primeiro capítulo é o Dia de ano novo.

Vou narrar nossa história ,começando falar de minha filha......hoje ela tem cinco anos é tudo
de bom que temos ,aliás é a peça mais importante de nossas vidas.
Ela já entendendo ou não procuro colocar em sua mente tentando construir sua personalidade
com sentimentos ricos como : humildade,resignação,solidariedade,esperança,perseverança
porque acredito que com , esta união construímos o amor ao próximo e o amor vence qualquer barreira.Quanto á prosperidade eu lido á parte,eu ensino que trabalhamos muito para isso mas nem sempre acontece mas,podemos viver com pouco o que precisamos em toneladas é de paz e saúde..
Eu criei estes princípios como filosofia de vida e repasso,porque acho que através disso é que fui contemplada com o presente de Deus,ele me fez merecer este presente quando eu já havia quase que perdido a esperança......Eu nasci para ser mãe,e não conseguia por mais
que procurasse ajuda da medicina mas nunca esquecendo e pedir ao Senhor.......eu nunca pensei em desistir deste dom......e assim minha vida não tinha outro objetivo,meu marido me
confortava mas no fundo eu sabia que ele tinha a mesma esperança.
Fui a luta,busquei ajuda em orfanatos,maternidades,já estava convicta e que eu seria mãe de alguém que precisasse de uma.
Fui ser voluntária em orfanatos,passava o dia com aqueles anjos,mas eu queria um para levar para casa e ter responsabilidade sobre ela.O tempo passou  foram uns dois anos iincansá- veis neste meu voluntariado..
No mundo ali dentro ,as freiras,as cuidadoras me admiravam pela maneira que eu cuidava dos bebes....fui ganhando confiança e as pessoas sabiam de meu  dilema.
Na época do natal eu as ajudava nos projetos para comemorar o nascimento de Cristo,era co-
se eu estivesse comemorando o nascimento de meu bebê,uma loucura mas meu coração se
sentia assim,eu causava compaixão da parte de todos.
Numa noite de passagem de ano estávamos meu marido e eu , a madre me ligou dizendo para correr para a materrnidade,eu me apavorei me veio logo um pensamento de alguma complicação mães ou bebês e precisavam e mim para ajudar de alguma forma.
Chegando lá a madre veio me encontrar com um pacote macio  rosa, e deu-me dizendo que era um presente enviado por Deus......eu pasmei ,segurei sem coragem de olhar,eu senti um corpinho,eu não quis crer........era uma menina......eu chorei,eu berrei,....  eu nem tinha forças para segurá-la.......Os que me rodeavam foram cuidando de me acalmar,e me explicar,que esta história já vinha caminhando há tempos mas não queriam me criar expectativa.....até meu ma-
rido sabia......ele participou de toda a surpresa,tinha que ter um responsável para cuidar do caso,uma mãe não queria ou não podia e então me candidataram sem que eu soubesse,dian-
te de minha ansiedade de ser mãe a verdadeira mãe me escolheu............O meu feliz ano novo
era real.....a partir daí,sempre tivemos um feliz ano novo,mas comemoramos seu aniversário na noite do nascimento de Cristo,ela foi muito desejada,muito esperada e sei que foi enviada por Deus mediante minhas orações.Ela já está sabendo que é filha de nossos corações e
que foi enviada para que tenhamos sempre um feliz ano novo.....cheio de esperança de um
mundo melhor,para todos...........Feliz ano novo.......







Autora:Annaterra